Cesta básica sobe duas vezes mais do que a inflação oficial do governo

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Publicado Quarta, 22 de Junho de 2022 às 14:14, por: CdB

O indicador mede a evolução dos preços de 13 alimentos essenciais que fazem parte do consumo mensal dos brasileiros: arroz, feijão, farinha, batata inglesa, tomate, açúcar cristal, banana prata, contrafilé, leite longa vida, pão francês, óleo de soja, margarina e café em pó. Somente no mês de maio, a alta da cesta básica foi de 0,71% sobre abril.

Por Redação, com OESP - de São Paulo
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O preço da cesta básica teve variação para cima, devido ao aumento nos preços dos combustíveis
A cesta básica no Brasil teve um aumento de 26,75% nos últimos 12 meses, até maio, e os alimentos que a integram subiram mais do que o dobro da inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 11,73% no mesmo período. O resultado é um retrato de como a inflação tem elevado o custo de itens essenciais e prejudicado o orçamento das famílias, especialmente as mais pobres. Os dados, divulgados nesta quarta-feira pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP) fazem parte de estudo promovido pelo economista Jackson Teixeira Bittencourt, coordenador do curso de Ciências Econômicas PUC-PR, que desenvolveu o Índice de Inflação da Cesta Básica. Aumentos O indicador mede a evolução dos preços de 13 alimentos essenciais que fazem parte do consumo mensal dos brasileiros: arroz, feijão, farinha, batata inglesa, tomate, açúcar cristal, banana prata, contrafilé, leite longa vida, pão francês, óleo de soja, margarina e café em pó. Somente no mês de maio, a alta da cesta básica foi de 0,71% sobre abril e também ficou acima do resultado do IPCA para o mês, que teve alta de 0,47%. — Quando a gente fez um recorte para a cesta básica, percebemos que a inflação é muito maior nesses itens — disse Bittencourt, ao OESP.

Pesquisa

O economista cita como exemplo o café em pó e o tomate, que são os produtos que tiveram o maior aumento nos últimos 12 meses, com altas de 67,01% e 55,62% cada. Bittencourt explica, ainda, que o resultado do índice é diferente do IPCA porque considera uma quantidade bem menor de produtos – apenas os essenciais para o dia a dia da alimentação da população brasileira. — O IPCA é dividido em nove grupos. O próprio IBGE pega todos os itens que pesquisa – mais de 300 – e separa em grandes lotes. Por exemplo, alimentação e bebidas, transportes, despesas pessoais… Tem nove grandes grupos — acrescentou. Para chegar aos números, o grupo levou em conta as despesas de consumo das famílias nas áreas urbanas, com renda de 1 a 40 salários mínimos, e analisou as variações mensais e o acumulado de 12 meses dos preços dos produtos.
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