Governo começará a aplicar multa de R$ 100 mil por hora parada, diz Marun

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Publicado Sábado, 26 de Maio de 2018 às 13:00, por: CdB

Marun concedeu entrevista após reunião, no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer e ministros que integram o gabinete de crise, para avaliar a situação nas rodovias federais

Por Redação, com ABr - de Brasília: O ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República, informou neste sábado que o governo começará a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada a quem descumprir o acordo firmado para desbloqueio das rodovias. Acrescentou que a Polícia Federal já tem inquéritos abertos para investigar a origem do movimento e que já existem até mesmo pedidos de prisão.
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Governo começará a aplicar multa de R$ 100 mil por hora parada
Marun concedeu entrevista após reunião, no Palácio do Planalto, com o presidente de facto, Michel Temer e ministros que integram o gabinete de crise, para avaliar a situação nas rodovias federais.

Associação de caminhoneiros

A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) divulgou nota na sexta-feira pedindo o fim dos bloqueios de rodovias e a manutenção de manifestações pacíficas. O comunicado foi uma reação ao pronunciamento do presidente de facto, Michel Temer mais cedo; no qual informou que faria uso de forças federais para desobstruir as vias interditadas pelo protesto dos caminhoneiros. – É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros; por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria. Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros; que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial – disse a nota da entidade. No texto, a associação afirmou que os caminhoneiros já mostraram sua força e defendeu; que a categoria siga mobilizada em defesa da retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel. A entidade também destaca que não fechou acordo; com o governo e o critica por ter demorado a dar uma resposta às demandas apresentadas. “A culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente de facto, Michel Temer; que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos”, informou o comunicado.

A Abcam

A Abcam não aceitou o acordo fechado ontem entre o governo federal e algumas entidades de representação de caminhoneiros. A associação reiterou que só aceitaria o fim das paralisações caso houvesse publicação pelo Diário Oficial da sanção presidencial; de uma lei garantindo a retirada da incidência de PIS/Cofins sobre o diesel. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, criticou a medida que, segundo ele, visa a "dividir a categoria". Bueno, que estava entre os que assinaram o acordo com o governo; disse nesta sexta-feira que "em nenhum momento nenhuma das entidades; que participaram desse trabalho se posicionou no sentido de comprometer ou desmobilizar esse movimento”. No dia anterior, ele havia dito à Agência Brasil que "não via necessidade" da continuidade do movimento após o acordo.
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