Neste domingo, o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett disse que Israel está preocupado com que o Irã obtenha benefícios em redução das sanções nas negociações nucleares com potências mundiais, mas não reverta suficientemente os projetos com potencial para a fabricação de bombas.
Por Redação, com Sputnik – de Jerusalém
Uma mídia revelou que Israel é responsável por um ataque cibernético ao sistema nacional de distribuição de combustível do Irã, que paralisou 4.300 postos de gasolina do país. A restauração total do serviço demorou 12 dias.
The New York Times, citando duas fontes de defesa norte-americanas, afirmou no sábado que foi Israel que conduziu o ataque cibernético contra o sistema de combustível nacional do Irã em 26 de outubro.
O ataque cibernético foi seguido pela invasão de um site de namoro LGBTQ israelense, que Tel Aviv atribuiu a Teerã.
O jornal observou que, durante a prolongada guerra cibernética “encoberta” entre Israel e o Irã, “os alvos geralmente eram militares ou relacionados ao governo”, mas “agora a guerra cibernética se ampliou para atingir civis em grande escala”.
Anteriormente, comentando o ataque, o presidente iraniano Ebrahim Raisi acusou os autores da intrusão de tentarem colocar os iranianos contra a liderança do país.
Retomada de conversas sobre acordo nuclear
Neste domingo, o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett disse que Israel está preocupado com que o Irã obtenha benefícios em redução das sanções nas negociações nucleares com potências mundiais, mas não reverta suficientemente os projetos com potencial para a fabricação de bombas.
– Israel está muito preocupado com a prontidão para remover as sanções e permitir um fluxo de bilhões (de dólares) para o Irã em troca de restrições insatisfatórias no domínio nuclear – disse Bennett, segundo à agência inglesa de notícias Reuters.
As negociações sobre a restauração do acordo nuclear entre os EUA e o Irã devem ser retomadas nesta segunda-feira em Viena, com participação da Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido. Israel, que não faz parte das negociações, se opõe ao acordo original de 2015 por ser muito limitado em escopo e duração.