Mais brasileiros se convencem que Bolsonaro é um desastre para economia

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Publicado Segunda, 08 de Abril de 2019 às 12:22, por: CdB

A pesquisa, primeira sobre expectativa dos eleitores sobre a economia desde o início do atual governo, marca uma piora significativa nesse tipo de expectativa.

 
Por Redação - de São Paulo
  O percentual de brasileiros que acreditam na melhoria da situação econômica do país, nos próximos meses, caiu de 65% em dezembro para 50% este mês, enquanto aqueles que acreditam em uma piora do cenário passaram de 9% para 18%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.
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Para o secretário do Ministério da Previdência, Caio Megale, ainda há tempo para correções de rumo
A pesquisa, primeira sobre expectativa dos eleitores sobre a economia desde o início do atual governo, marca uma piora significativa nesse tipo de expectativa, no começo de um primeiro mandato presidencial; desde o início da série histórica, em dezembro de 1997.

Confiança

O estudo também apontou que os brasileiros estão menos otimistas com sua própria situação econômica. Segundo o levantamento, 59% confiam em uma melhora, ante 67% em dezembro, e 11% preveem uma piora, contra 6% no levantamento passado. O Datafolha ouviu 2.086 brasileiros com 16 anos ou mais, em 130 municípios, nos dias 2 e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, de acordo com o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo. A queda na confiança no governo de Bolsonaro, porém, não preocupa o governo, que aposta na agenda de reformas macro e microeconômicas para destravar a economia e alavancar os investimentos, disse nesta segunda-feira o secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Caio Megale.

Previdência

A avaliação foi feita em evento de resseguros promovido pela CNseg, no Rio de Janeiro, após pesquisa DataFolha divulgada no domingo ter apontado que o governo Bolsonaro recebeu a pior avaliação dos 100 dias iniciais de um presidente em primeiro mandato desde a redemocratização do país, em 1985. Megale reconheceu que o ritmo e o nível de retomada da economia estão aquém do desejado. Mas pontuou que o processo deverá ser acelerado, em especial com o andamento positivo da reforma da Previdência. — O ritmo da economia vamos retomar no curto prazo com reformas, mas o nível da economia que já foi atingido em 2013 e 2014 demora um pouco mais para ser atingido. Mas é bom que seja de forma gradual e sustentável, e não de forma intempestiva que gera surtos de crescimento e depois grandes ressacas como no passado — afirmou Megale.

Reformas

Para o secretário, a reforma da Previdência vai ser o gatilho para a recuperação da economia, uma vez que irá racionalizar os gastos do governo, abrindo espaço para mudanças tributárias adiante. Megale aposta também na promoção de uma melhoria regulatória no país, com agenda de simplificações e desburocratizações, para melhoria na avaliação do governo Bolsonaro. — Temos certeza que conforme essa agenda vai se realizando, as reformas vão avançando, a economia vai se recuperando, a confiança vai se consolidar — concluiu.
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