Mercado de trabalho apresenta evolução frustrante, constatam analistas

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Publicado Segunda, 09 de Novembro de 2020 às 11:42, por: CdB

“O resultado de outubro confirma o cenário de recuperação do mercado de trabalho. Apesar da sexta (alta) seguida, a melhora tem sido mais tímida com o passar dos meses e o nível atual ainda se encontra consideravelmente abaixo do período pré-pandemia”, explica, em nota, o economista da FGV IBRE.

Por Redação - de São Paulo
O mercado de trabalho no Brasil continuou em recuperação em outubro porém com menos intensidade, apontou o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas.
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O desemprego segue alto, os empregos criados são de baixíssima qualidade com salários irrisórios e a informalidade campeia
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 2,9 pontos e foi a 84,9 pontos em outubro, no sexto mês seguido de ganhos porém mostrando desaceleração da recuperação desde julho. “O resultado de outubro confirma o cenário de recuperação do mercado de trabalho. Apesar da sexta (alta) seguida, a melhora tem sido mais tímida com o passar dos meses e o nível atual ainda se encontra consideravelmente abaixo do período pré-pandemia”, explicou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

Resultado

“A incerteza, que ainda se mantém elevada, e a proximidade do período final de ajuda do governo parecem contribuir para uma maior cautela dos empresários”, acrescentou. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) ficou estável pelo segundo mês seguido, a 96,4 pontos, segundo a FGV. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. “A estabilidade do indicador mostra que a percepção sobre o mercado de trabalho ainda é negativa e sugere piora na taxa de desemprego. O alto patamar também mostra que ainda existe uma longa caminhada para voltar ao nível anterior à pandemia”, sublinhou Tobler, na nota. O mercado de trabalho costuma ser o último a se recuperar em tempos de crise. No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego do Brasil disparou a 14,4% e chegou ao maior nível da série, enquanto o número de desempregados foi a 13,8 milhões diante do aumento da procura por trabalho com a flexibilização das medidas de isolamento social, segundo dados do IBGE.
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