Mulher de Queiroz também cogita uma delação premiada contra Bolsonaro

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Publicado Segunda, 29 de Junho de 2020 às 15:39, por: CdB

Márcia Oliveira pediu que amigos consultassem advogados especializados para conhecer o potencial de uma possível delação. Queiroz, por sua vez, também estaria em contato com bancas advocatícias para conhecer seus direitos, caso resolva delatar os esquemas criminosos dos quais faria parte a família do presidente Jair Bolsonaro.

Por Redação - do Rio de Janeiro

Mulher do prisioneiro Fabrício Queiroz, ex-PM e assessor de Jair e Flávio Bolsonaro — pai e filho, presidente sem partido e senador do Republicanos-RJ — a cabeleireira Márcia Oliveira de Aguiar permanece foragida da Justiça, desde o dia 18 de junho, quando teve sua prisão preventiva decretada. Mas está tratando de se defender. Ela teria procurado dois escritórios de advocacia na semana passada para avaliar uma possível delação premiada, segundo divulgou um dos diários conservadores do Grupo Globo. A informação foi confirmada por fontes à reportagem do Correio do Brasil, nesta segunda-feira.

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Márcia e Queiroz, em um tempo em que foram felizes no comando do esquema criminoso ligado à milícia armada, segundo inquérito policial

Ex-assessor

Márcia Oliveira pediu que amigos consultassem advogados especializados para conhecer o potencial de uma possível delação. Queiroz, por sua vez, também estaria em contato com bancas advocatícias para conhecer seus direitos, caso resolva delatar os esquemas criminosos dos quais faria parte a família do presidente Jair Bolsonaro.

Na semana passada, a desembargadora Suimei Cavaleiri, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou o pedido de substituição de prisão preventiva por domiciliar, feito pelo advogado Paulo Catta Preta ao ex- assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seu primogênito, o senador Flávio Bolsonaro ( Republicanos- RJ).

Wassef

Diante dos indícios de que a prisão poderá se estender, por tempo indeterminado, segundo apurou o CdB, Queiroz cogita, a pedido da família dele, uma delação premiada. Ele já estaria em tratativas com um escritório de advocacia especializado nesse tipo de negociação com a Justiça.

O processo segue, sob segredo de Justiça, e a íntegra da decisão não foi divulgada. Ainda sem data definida, o mérito do habeas corpus será julgado pelo colegiado da Terceira Câmara Criminal mas, ainda segundo apurou o CdB, as chances de um relaxamento no atual regime prisional são mínimas.

Queiroz é investigado em um suposto esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), por lavagem de dinheiro e envolvimento com a milícia armada que age na Zona Oeste. O ex-policial militar foi localizado e detido em Atibaia, no interior de São Paulo. A casa onde ele estava pertence a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

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