Oposição a Putin, comunistas russos apoiam intervenção na Ucrânia

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Publicado Sábado, 26 de Fevereiro de 2022 às 12:25, por: CdB

“Impelir os provocadores de Kiev à paz e conter a agressividade da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) tornou-se o imperativo da época. Somente a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia pode garantir segurança duradoura para os povos da Rússia, Ucrânia e de toda a Europa”, diz o texto.

Por Redação, com ACSs - de Moscou
O Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), maior oposição ao presidente Vladimir Putin no Parlamento, posicionou-se neste sábado a favor da ação militar na Ucrânia, e disse que somente a “desmilitarização e desnazificação (ucraniana) pode garantir segurança duradoura”.
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O Partido Comunista russo, embora seja oposição a Putin, apoia a erradicação do nazismo na Ucrânia
“Impelir os provocadores de Kiev à paz e conter a agressividade da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) tornou-se o imperativo da época. Somente a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia pode garantir segurança duradoura para os povos da Rússia, Ucrânia e de toda a Europa”, diz o texto.

Satélites

O PCFR diz ainda que um dos objetivos dos EUA e da Otan é “escravizar a Ucrânia”. Para os comunistas, os ucranianos "não podem ser vítimas do capital mundial e dos clãs oligarcas". “Os planos dos EUA e de seus satélites da OTAN de escravizar a Ucrânia não devem ser realizados. Estes planos agressivos criam ameaças críticas para a segurança da Rússia. Ao mesmo tempo, eles contradizem de forma flagrante os interesses do povo ucraniano", afirma o Partido. Outras agremiações partidárias russas, como o Rússia Justa (centro-esquerda), também manifestaram apoio à ação militar em solo ucraniano. Segundo o líder do partido, Sergei Mironov, a operação “não é contra o povo da Ucrânia”, mas contra “Bandera, que tomou o poder (em referência Stepan Bandera, que colaborou com os nazistas na Segunda Guerra e cujo nome é hoje usado por grupos ultranacionalistas ucranianos). Isso é ajuda a um povo fraterno, mas, em primeiro lugar, é pela proteção da Rússia, já que o fortalecimento de Bandera na Ucrânia inevitavelmente ameaça a segurança de nosso país”, conclui.
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