PIB cresce no terceiro trimestre, mas não o suficiente para cobrir o déficit

Arquivado em:
Publicado Quinta, 19 de Novembro de 2020 às 12:14, por: CdB

Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias recuou 5,1%, enquanto a formação bruta de capital fixo (investimento) caiu 2,2%. As exportações cresceram 1,7%, enquanto as importações tiveram queda em números absolutos de 24,4%.

Por Redação - de São Paulo
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, chegou a subir 7,5% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. Mas o crescimento foi insuficiente para cobrir o tombo sofrido durante o período da pandemia, que tende a se prolongar até o segundo semestre do ano que vem. Os dados são do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira.
pib.jpg
O PIB tem declinado desde a eclosão do golpe de Estado, em 2016, e não se recuperou mais
— O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no terceiro trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no segundo trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil, a partir de março. No entanto, este crescimento não é suficiente para recuperar o nível de atividade econômica que ainda se encontra 5% abaixo do observado no quarto trimestre do ano passado — afirma o coordenador da pesquisa, Claudio Considera. Segundo afirmou, apesar da recuperação disseminada entre as atividades econômicas, o setor de serviços ainda encontra dificuldades para se recuperar. — Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e pequena melhora marginal dos setores de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias, educação e saúde, o crescimento observado ainda é muito pouco em comparação a deterioração, causada pela pandemia, observada nestes segmentos. A elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia tem inibido a recuperação mais robusta do setor de serviços, que é a atividade mais relevante da economia brasileira — explica Considera.

Consumo

Apesar disso, na comparação com o terceiro trimestre de 2019, houve uma queda de 4,4% no terceiro trimestre deste ano. Analisando-se apenas o mês de setembro, houve alta de 1,1% na comparação com agosto e de 2,3% na comparação com setembro do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias recuou 5,1%, enquanto a formação bruta de capital fixo (investimento) caiu 2,2%. As exportações cresceram 1,7%, enquanto as importações tiveram queda de 24,4%.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo