O empresário foi detido em sua casa na Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo o Ministério Público, a acusação é de fraude fiscal e lavagem de dinheiro
Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Uma operação deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira o empresário Laerte Codonho, um dos proprietários da empresa de refrigerantes Dolly.
O empresário foi detido em sua casa na Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo o Ministério Público, a acusação é de fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
Codonho teve a prisão temporária decretada e foi levado, junto com outra pessoa, cujo nome não foi informado, para o 77º Distrito Policial.
Em nota, a Dolly disse que é “injusta” a detenção do empresário. “Laerte Codonho sempre colaborou com as autoridades, e tem certeza que provará sua inocência. A defesa recorrerá da decisão e confia na Justiça”, diz o comunicado.
Polícia Federal prende ex-executivos da Petrobras
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na terça-feira a 51ª fase da operação Lava Jato com o objetivo de ampliar as investigações sobre mais um contrato superfaturado da Odebrecht com a Petrobras mediante propina de R$ 200 milhões a funcionários da estatal e operadores, inclusive um agente ligado ao MDB, informaram a PF e o MPF.
Foram expedidas 23 ordens judiciais a serem cumpridas nos Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, sendo quatro de prisão preventiva e duas de prisão temporária; além de 17 mandados de busca e apreensão, no âmbito da chamada Operação Déjà Vu. Os alvos dos mandados de prisão são três ex-funcionários da Petrobras; e três operadores financeiros, um deles ligado ao MDB, segundo o MPF.
– As investigações realizadas indicam a repetição de um modus operandi já amplamente revelado pela operação Lava Jato; a obtenção de contratos por parte de grupo empresarial junto à Petrobras, em valores superfaturados, mediante o pagamento de vantagens indevidas a executivos e gerentes da empresa petrolífera – disse a PF em comunicado.
De acordo com os investigadores, a propina relaciona-se à obtenção fraudulenta de um contrato de mais de US$ 825 milhões; firmado em 2010 pela Petrobras com a Odebrecht para prestação de serviços nas áreas de segurança; meio ambiente e saúde para a estatal em nove países, além do Brasil.
O pagamento indevido
O pagamento indevido se estendeu de 2010 até pelo menos 2012; e superou o montante de US$ 56,5 milhões; o equivalente atualmente a aproximadamente R$ 200 milhões.
– Para os ex-funcionários da Petrobras, há provas de repasses de cerca de US$ 25 milhões – disse o MPF em comunicado. “Os elementos de prova colhidos indicam ainda; que cerca de US$ 31 milhões foram destinados a agentes que se apresentavam como intermediários de políticos vinculados ao então PMDB (atual MDB)”.