Polônia: candidato presidencial de oposição promete acabar com monopólio de poder

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Publicado Segunda, 29 de Junho de 2020 às 11:23, por: CdB

O candidato presidencial polonês Rafal Trzaskowski tentava cooptar eleitores de outros candidatos de oposição para sua plataforma de centro nesta segunda-feira, prometendo responsabilizar o governo nacionalista antes do que promete ser um segundo turno acirrado.

Por Redação, com Reuters - de Varsóvia O candidato presidencial polonês Rafal Trzaskowski tentava cooptar eleitores de outros candidatos de oposição para sua plataforma de centro nesta segunda-feira, prometendo responsabilizar o governo nacionalista antes do que promete ser um segundo turno acirrado.
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Prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski
O atual presidente, Andrzej Duda, aliado do partido Lei e Justiça (PiS) que comanda o governo, liderou no primeiro turno da eleição presidencial de domingo, mas ficou aquém dos 50% necessários para uma vitória imediata, o que preparou o terreno para uma disputa com Trzaskowski no dia 12 de julho. Na Polônia, o presidente é o chefe de Estado, mas o governo é constituído de um conselho de ministros liderado por um primeiro-ministro. – Estou dirigindo minhas palavras a todos aquele que querem mudanças – disse Trzaskowski a apoiadores na cidade central de Plock. – Sem eles, haverá muitos anos mais de um monopólio de poder que não é honesto, e não é possível responsabilizá-lo porque ele ataca instituições independentes.

A reeleição

A reeleição de Duda é crucial para o PiS levar adiante sua pauta socialmente conservadora, o que inclui reformas judiciais que a União Europeia diz minarem o Estado de Direito. Duda se retrata como o guardião dos generosos programas de benefícios sociais do governo, e prometeu proteger a família tradicional e conter o que classifica como “ideologia LGBT”. Na manhã seguinte à eleição, Duda disse que protegerá os valores sociais conservadores, o que inclui impedir que casais gays adotem filhos, na tentativa de conquistar os quase 7% que votaram em Krzysztof Bosak, candidato da Confederação de extrema-direita. – Temos muitos valores comuns com Krzysztof Bosak – disse Duda à rádio pública estatal. “Queremos que a família seja respeitada na Polônia, queremos que os valores tradicionais sejam uma espinha dorsal forte na qual a sociedade polonesa se apoiará”. Duda recebeu 43,67% dos votos, de acordo com resultados baseados em 99,78% do número total de seções eleitorais.

Varsóvia

Trzaskowski, prefeito liberal de Varsóvia que concorre pelo maior partido opositor, a Plataforma Cívica (PO), de centro, ficou em segundo com 30,34% das urnas, qualificando-se para o segundo turno. Duda enfrentará uma sensação de incerteza crescente em partes do país por causa de sua aliança com o PiS, além das preocupações com empregos e salários agora que a pandemia de coronavírus está empurrando a economia para uma recessão. Duas pesquisas de opinião realizadas na noite de domingo para a emissora particular TVN e para a estatal TVP projetaram uma vantagem de menos de dois pontos percentuais de Duda sobre Trzaskowski daqui a duas semanas.
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