Dois quarteirões foram reabertos para o trânsito, informou o Serviço Secreto no Twitter, mas áreas perto da Casa Branca permanecem fechadas para pedestres
Por Redação, com Reuters – de Washington:
O Serviço Secreto dos Estados Unidos reabriu ruas ao redor da Casa Branca e permitiu que funcionários retornassem a um prédio esvaziado nesta quarta-feira, depois que autoridades verificaram um veículo suspeito estacionado perto do complexo.

Dois quarteirões foram reabertos para o trânsito, informou o Serviço Secreto no Twitter, mas áreas perto da Casa Branca permanecem fechadas para pedestres.
Autoridades haviam impedido funcionários federais de entrarem em um dos prédios do complexo e retirado pedestres da calçada; depois que um veículo suspeito foi identificado. Ao menos uma dezena de veículos de emergência foi acionada para a área.
Cerca de 100 funcionários da Casa Branca foram mantidos em um estacionamento; antes das autoridades permitirem a entrada de alguns deles na Casa Branca. Mais tarde, o Serviço Secreto permitiu; que os demais funcionários voltasse ao trabalho na Casa Branca e no outro edifício.
Sobreviventes de massacre
Estudantes ativistas da escola de ensino secundário do Estado norte-americano da Flórida na qual 17 alunos e funcionários foram baleados e mortos iniciaram uma marcha à capital estadual; Tallahassee, nesta quarta-feira, onde devem se reunir com parlamentares e pedir que armas de assalto sejam proibidas.
O mais recente massacre a tiros em uma escola dos Estados Unidos inflamou um debate nacional já antigo sobre o controle de armas. Os alunos da escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland, na Flórida; emergiram como os novos rostos do movimento de controle de armas.
– Estamos aqui para pedir mudanças, e temos confiança de que a mudança acontecerá – disse Noah Kaufman, de 16 anos. “Conhecemos as questões, e sabemos quem está conosco e quem não está.”
Nikolas Cruz, ex-aluno de 19 anos expulso por problemas disciplinares; recebeu 17 acusações de assassinato premeditado no segundo maior massacre a tiros em uma escola dos EUA. Ele estava armado com um rifle de assalto semiautomático estilo AR-15 que comprou legalmente de um vendedor de armas autorizado no ano passado, disseram autoridades.
Violência
Portando cartazes com o slogan #NuncaMais, cerca de 100 estudantes da escola Douglas foram à capital do Estado; onde na terça-feira a assembleia legislativa de maioria republicana rejeitou um pedido de um projeto de lei proibindo a venda de rifles semelhantes aos de assalto.
Mas o senador estadual Bill Galvan, cotado como o próximo presidente da Casa local, sinalizou uma possibilidade de mudança pedindo um projeto de lei; que eleve de 18 para 21 a idade legal para a compra de rifles de assalto, assim como se exige para armas de mão. A atual sessão parlamentar termina em 9 de março; o que deixa tempo suficiente para uma votação
O presidente dos EUA, Donald Trump, um grande defensor do direito às armas; deve realizar uma “sessão de consulta” com alunos e professores do ensino secundário na Casa Branca nesta quarta-feira.
– Esta não é uma questão democrata ou republicana, é uma questão de vida – disse Kaufman. Muitos membros do grupo disseram ter passado a noite pesquisando a legislação e escrevendo discursos.
Protesto
O movimento de protesto liderado por jovens, que emergiu horas após o massacre; atraiu o apoio de grandes celebridades na terça-feira. O ator George Clooney, o diretor Steven Spielberg e a magnata midiática Oprah Winfrey doaram US$ 500 mil cada um para ajudar a financiar uma marcha que acontecerá em Washington.
Também na terça-feira Trump disse que assinou um memorando instruindo o secretário de Justiça a criar regulamentações proibindo dispositivos que transformam armas de fogo em metralhadoras.