Situação tensa em Curitiba: Lula corre risco de morte na sede da PF

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Publicado Segunda, 09 de Abril de 2018 às 11:40, por: CdB

Alerta sobre risco de morte do ex-presidente Lula é da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), agredida por suspeito protegido pela polícia do Paraná.

 

Por Redação, com correspondente - de Curitiba

 

A deputada estadual e presidenciável Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) foi agredida por um simpatizante do candidato fascista ao Planalto e deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), durante ato público realizado na manhã desta segunda-feira, na capital paranaense.

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Agressor pediu para fazer uma foto ao lado da presidenciável Manuela D'Ávila

O indivíduo, no entanto, não foi identificado pela Polícia Militar. A força policial, no lugar de detê-lo, levou-o para dentro da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se preso, há 72 horas.

Manuela, após o incidente, fez um grave alerta: Lula corre o risco de morte na carceragem da Polícia Federal.

Assista ao vídeo-denúncia:

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A pré-candidata à Presidência da República conversava com jornalistas quando o homem se aproximou e pediu para tirar uma fotografia. Ele colocou o braço sobre o ombro da deputada e gritou: “aqui é Bolsonaro. Chupa!”.

Rindo e gravando com o celular, o provocador afastou-se do local e recebeu o apoio dos policiais militares. Manuela exigiu a pronta identificação do agressor e esclarecimentos sobre como ele conseguiu furar o bloqueio da PM nos quarteirões ao redor da PF. Apenas parlamentares, jornalistas e moradores têm acesso liberado à região.

Ditadura

Ao lado do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), Manuela  foi até o prédio da PF. Ela denunciou a agressão e pediu que o sujeito fosse investigado. Os PMs presentes sugeriram que eles formalizassem a denúncia.

— É um absurdo. Ele não iria vir até onde eu estava e gritar por Bolsonaro se não tivesse certeza que poderia voltar (para a área guarnecida pela PM) — desabafou Manuela.

A candidata do PCdoB afirmou que há incapacidade (do Estado) de garantir a integridade física do ex-presidente Lula. Manuela comparou a agressão ao áudio da torre de comando da FAB, durante o voo do ex-presidente Lula entre Congonhas e Curitiba, ao expediente da ditadura militar argentina.

Lula Livre

No país vizinho os presos políticos eram atirados ao mar nos chamados: voo da morte. “Mande esse lixo janela abaixo aí”, disse um dos controladores de voo cujo áudio vazou na internet.

— Um áudio da Força Aérea, um cara (controlador) recomendando ao piloto jogar o ex-presidente Lula, ou seja, matar. Quem jogava os presos políticos eram os ditadores na argentina — compara.

A presidenciável chegou na manhã de hoje à capital paranaense para visitar o acampamento “Lula Livre” erguido em frente à sede da Polícia Federal.

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