Tony Blair considera 'inevitável' atrasar saída do Reino Unido da União Europeia

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Publicado Quinta, 17 de Janeiro de 2019 às 09:58, por: CdB

May, cujo acordo do Brexit negociado com a UE foi rejeitado na terça-feira na Câmara dos Comuns, realizou conversas hoje com deputados de diferentes partidos a fim de desbloquear a crise.

Por Redação, com EFE - de Londres

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair disse nesta quinta-feira que as conversas do Brexit estão imersas no "caos" e considerou "inevitável" atrasar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), fixada para o próximo dia 29 de março.
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O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair disse nesta quinta-feira que as conversas do Brexit estão imersas no "caos"
Em declarações à emissora de rádio BB", o ex-líder trabalhista ressaltou que o governo de Theresa May terá que pedir uma ampliação da vigência do Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que fixou um período de negociação de dois anos desde a comunicação do "divórcio" até o momento de saída da UE. – Acredito que isso é inevitável agora (...). Se eu estivesse no governo, já estaria conversando com a Europa sobre os termos da extensão do artigo, acrescentou aquele que foi primeiro-ministro britânico entre 1997 e 2007. Além disso, Blair se mostrou a favor de convocar um segundo referendo sobre a UE devido à atual crise política. – Isto é um caos total. Levando em conta tudo o que passou, considerando o que sabemos agora, não é pouco razoável pedir ao povo para pensar sobre isso outra vez  – afirmou. Por outro lado, Blair criticou o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, por negar-se a realizar uma reunião com a primeira-ministra para tentar pactuar um acordo que possa ser aprovado no parlamento, após a derrota sofrida por seu plano inicial. – Se em um momento de crise nacional, o primeiro-ministro pede ao líder da oposição que venha conversar, ele certamente deve fazer isso – especificou. May, cujo acordo do Brexit negociado com a UE foi rejeitado na terça-feira na Câmara dos Comuns, realizou conversas hoje com deputados de diferentes partidos a fim de desbloquear a crise. A chefe de governo iniciou ontem à noite estes contatos políticos após superar na Câmara dos Comuns - por uma maioria de 19 votos - uma moção de censura contra o governo que tinha sido apresentado na terça-feira pelo líder trabalhista. No entanto, Corbyn se negou a reunir-se com a primeira-ministra se não recebesse antes garantias de que não haverá um Brexit sem acordo.
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