Descendentes da antiga família real da Coréia do Sul proclamaram, nesta sexta-feira, uma das filhas do irmão de Sunjong, último rei em exercício, de 88 anos, como nova "imperatriz", com a esperança de restaurar uma monarquia que se extinguiu há quase um século. Quase 50 descendentes do rei Euichin, irmão do último monarca em exercício, Sunjong, entronizaram a princesa Lee Hae-won colocando uma coroa de jóias incrustadas sobre sua cabeça.
A nova soberana subiu ao "trono do dragão" - uma decoração teatral emprestada por uma rede de TV - antes de pronunciar seu juramento.
- Declaro que, como sucessora do trono real, exercerei meus direitos de representar a monarquia e nomear meu sucessor - afirmou a octogenária, que parecia extremamente lúcida apesar da idade avançada. Depois de pedir uma "reunificação" da mãe pátria, designou seus familiares para os postos de "ministros".
A monarquia coreana terminou em 1910 depois da anexação da península pelo Japão. Durante a ocupação japonesa, Yeongchin, outro irmão do monarca reinante, Sunjong, foi declarado príncipe herdeiro mas sem chegar a assumir o poder. Yeongchin foi obrigado a se casar com uma princesa japonesa. Teve dois filhos que faleceram, deixando a dinastia sem descendentes.