Arco da Estação do metrô do Jardim Oceânico ganha forma
A Estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, começa a receber o seu céu estrelado: uma solução arquitetônica que valoriza a iluminação e ventilação naturais. Trata-se de um arco de 68 metros de comprimento e 10,7 metros de largura no vão central da superfície da estação.
Esta é a última grande etapa da obra bruta
A Estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, começa a receber o seu céu estrelado: uma solução arquitetônica que valoriza a iluminação e ventilação naturais. Trata-se de um arco de 68 metros de comprimento e 10,7 metros de largura no vão central da superfície da estação.
Esta é a última grande etapa da obra bruta. Feito em concreto, do lado de fora, este arco formará um telhado verde. Para os passageiros, no entanto, a impressão dentro da estação será de um céu estrelado, isso porque haverá mais de uma centena de pontos de captação de luz de natural.
A 12 metros de altura do mezanino da estação, na área de circulação de passageiros, o arco será circundado por vidraças e aberturas laterais. Na calçada, essa cortina de vidro estará a 5,70 metros de altura. Esta semana, os colaboradores do Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô neste trecho, se concentram na montagem do cimbramento, estruturas que servem para escorar as armações metálicas e fôrmas de madeira que receberão o concreto com 40 centímetros de espessura. Os pontos de captação de luz são círculos de tamanhos variados em material transparente, que serão instalados neste momento.
A previsão é de que o arco esteja finalizado em julho, uma vez que a laje de teto da estação foi concluída e reaterrada. Em fase de acabamentos, as plataformas de embarque e desembarque recebem piso de granito e no rabicho, área de manobra que permitirá a futura expansão da Linha 4 em direção ao Recreio, os trilhos estão sendo instalados.
A Estação Jardim Oceânico vai receber cerca de 91 mil passageiros por dia, a partir de 2016. Serão três acessos, dois deles na Avenida Armando Lombardi: em frente à Unimed, no sentido Recreio, e na esquina da Rua Fernando de Matos, pista sentido Zona Sul, acesso que já está pronto, com pastilhas na parede, escada rolante, guarda corpo e cobertura de vidro com película antirresíduo, contribuindo para o conforto térmico, melhor visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno. O terceiro acesso ficará conectado ao terminal do sistema BRT.
Telhado verde
No canteiro central da Avenida Armando Lombardi haverá um gramado florido, que cobrirá toda a extensão da estação multimodal com vegetação e mudas de árvores. Sobre o arco estará o telhado verde, conhecido também como ecotelhado, que tem a vantagem de promover isolamento térmico no subsolo e garantir um diferencial estético e ambiental.
A ideia foi do diretor de Engenharia da RioTrilhos, o arquiteto Heitor Lopes de Sousa Jr., que sugeriu aproveitar a área do canteiro central sem edificações e circulação de pedestres para construir uma espécie de onda que se eleva suavemente e retorna ao solo a partir da cobertura vegetal existente. Segundo ele, o projeto vai trazer bem estar aos passageiros e à população que passa no entorno, contribuindo ainda para a redução no consumo de energia na estação.
- A cobertura vegetal dos ecotelhados permite uma troca de calor e umidade bem mais amena que as coberturas convencionais. A sensação de confinamento natural de construções subterrâneas é bastante amenizada nesta estação. O teto elevado permite que a luz natural penetre no seu interior e estabeleça uma integração com o ambiente externo - explica o arquiteto. “Cores, texturas e painéis artísticos complementam a experiência sensorial de conforto e bem estar sugeridas pela arquitetura”.
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