Rio de Janeiro, 17 de Dezembro de 2025

Atentado mata 13 soldados e fere outros 55 na Turquia

O atentado pode enfurecer ainda mais o povo turco frustrado por série de bombardeios letais neste ano, vários deles reivindicados por militantes curdos, incluindo o da semana passada, que matou 44 e feriu mais de 150 pessoas

Sábado, 17 de Dezembro de 2016 às 16:31, por: CdB

O atentado pode enfurecer ainda mais o povo turco frustrado por série de bombardeios letais neste ano, vários deles reivindicados por militantes curdos, incluindo o da semana passada, que matou 44 e feriu mais de 150 pessoas

 
Por Redação, com agências internacionais - de Ancara

 

Treze soldados foram mortos e outros 55 ficaram feridos após um carro-bomba atingir, neste sábado, um ônibus que transportava militares na cidade de Kayseri, uma semana depois de um bombardeio duplo atingir a polícia em Istambul. O presidente turco, Tayyip Erdogan, atribuiu o atentado a militantes curdos.

turquia-2.jpgNo local do atentado, policiais iniciam o trabalho de resgate dos corpos. Nenhum grupo ativista assumiu a responsabilidade

A explosão pode enfurecer ainda mais o povo turco frustrado por série de bombardeios letais neste ano, vários deles reivindicados por militantes curdos, incluindo o da semana passada, que matou 44 e feriu mais de 150 pessoas. Não houve reivindicação imediata de responsabilidade.

"O estilo e os objetivos dos ataques mostram claramente que o foco da organização terrorista separatista é a Turquia, cortar sua força e fazer com que ela concentre sua energia e forças em outros lugares", disse Erdogan em comunicado.

Atentado duplo

"Sabemos que estes ataques que estamos sendo submetidos não são independentes dos desenvolvimentos na nossa região, especialmente no Iraque e na Síria."
Erdogan freqüentemente se refere ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão como "a organização terrorista separatista". O grupo, que quer autonomia para a minoria curda, é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, União Européia e Turquia.

Mais cedo, o vice-primeiro-ministro, Veysi Kaynak, já havia comparou o ataque de agora aos atentados duplos próximos ao estádio de futebol do Besiktas, em Istambul, no sábado passado, e reivindicado posteriormente por uma ramificação do militante Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

"O ataque do carro-bomba se assemelha ao ataque do Besiktas em termos de estilo", disse ele a um grupo de jornalistas, acrescentando que o incidente não desviaria a Turquia de seu objetivo de combater a militância.

Condolências

Presidente russo, Vladimir Putin expressou condolências ao seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, pelo ataque terrorista ocorrido na cidade turca de Kayseri, informou o Kremlin.

"Aceitem nossas condolências mais profundas pela perda de soldados turcos na sequência do ataque terrorista na cidade de Kayseri", diz o telegrama, publicado no site do Kremlin. Além disso, o líder russo destacou que "a resposta a este tipo de ataques criminosos deve ser uma luta ainda mais decisiva contra os grupos extremistas".

"A Rússia está disposta a continuar a reforçar a cooperação com a Turquia na luta contra o terrorismo", afirmou Putin. Pelo menos 13 pessoas morreram e 55 ficaram feridas na explosão que ocorreu em 17 de dezembro em Kayseri. Segundo Ancara, o ataque contra um ônibus que transportava soldados na área da universidade de Erciyes foi realizado por um suicida. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, responsabilizou pelo ataque ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado como terrorista e proibido na Turquia.

Tags:
Edições digital e impressa