Sissi, que foi imperatriz da Áustria, ressurge mais uma vez por meio das memórias de uma das damas de sua corte, a condessa húngara Irma Sztaray, que foram reeditadas 95 anos após sua primeira aparição.
O livro, dotado desta vez com uma introdução elaborada pela historiadora austríaca Brigitte Hamann, é considerado pelos especialistas da época um testemunho que pode contribuir para informar sobre a verdade histórica da mítica Sissi (Isabel), seu marido Francisco José I e a época em que viveram.
A obra, publicada pela editora Amalthea, especializada na cultura e na história austríacas, contém como documento comovente o relato da condessa sobre o assassinato da imperatriz em Genebra, em 10 de setembro de 1898, presenciado por ela.
A condessa Sztaray conta como, pouco antes da partida do navio no qual Sissi queria atravessar o lago de Genebra, o anarquista Luigi Luccheni se aproximou e fingiu dar uma rasteira para se atirar sobre a imperatriz e lhe dar uma pontada mortal no coração com um canivete. Sissi subiu com seu acompanhante ao navio sem notar que estava gravemente ferida, e morreu a bordo pouco depois.
A condessa Sztaray acompanhou Sissi durante quatro anos em suas várias viagens e publicou suas memórias 11 anos depois da morte da imperatriz, em 1909.
Essas lembranças escritas se baseavam nos amplos relatórios que enviava regularmente ao imperador Francisco José I sobre o estado de saúde e o bem-estar de sua mulher, assim como nas cartas que enviava a sua família, na Hungria.
No mercado editorial austríaco espera-se que a reedição dessas memórias seja um sucesso do público aficionado pela figura da imperatriz que outra austríaca, a atriz de cinema Romy Schneider, tornou famosa no mundo todo ao vivê-la em um filme.