"Resistindo às tentações" é uma comédia centrada sobretudo na música. Seria um desperdício se não fosse assim, já que o filme conta com forças poderosas do r&b, gospel e hip-hop, como Beyonce Knowles, The O'Jays, Melba Moore, Faith Evans, Shirley Caesar, Montell Jordan e T-Bone. Números musicais exuberantes e ótimos personagens cômicos incrementam a trama básica: rapaz natural de pequena cidade do interior volta às raízes depois de passar algum tempo na cidade grande. O filme - sucesso que arrecadou mais de US$ 11 milhões em seu fim de semana de estréia nos EUA - entra em cartaz nesta sexta-feira no Brasil.
A história é uma comédia romântica sobre choque cultural, que segue um rumo inteiramente previsível, mas é tão contagiante que o público não se importa com isso. A junção de Cuba Gooding Jr. com Beyonce Knowles gera atrito e atração convincentes. Além de tudo, é um prazer ver Cuba Gooding dançar. Beyonce está natural e confiante num papel mais pé-no-chão do que a sensual Foxxy Cleopatra que fez em "Austin Powers".
Gooding é Darrin, um publicitário nova-iorquino cheio de contas a pagar e que tem o hábito de contar meias-verdades. Por exemplo, ele diz que cresceu em Monte Carlo. É verdade, mas Monte Carlo é o nome da cidadezinha da Geórgia onde viveu até os 5 anos, quando sua mãe deixou a cidade por ter sido expulsa do coro da igreja - por ter aderido ao rhythm and blues.
Depois de ter sido despedido da agência de publicidade por contar mentiras, Darrin é chamado de volta a Monte Carlo para o enterro de sua tia Sally, sua única parente desde que a mãe morreu. Após uma homenagem musical emocionante no funeral, Darrin fica sabendo que vai herdar as ações da tia, no valor de US$ 150 mil, se assumir o cargo dela à frente do coral da Igreja Batista Beulah e levar o grupo à vitória num concurso regional de gospel.
Quem se coloca em seu caminho a cada passo é a mandona e universalmente odiada Paulina (LaTanya Richardson), a mulher que expulsou a mãe de Darrin da igreja, em 1980. Agora Paulina voltou-se contra a mãe solteira e ótima cantora Lilly (Beyonce Knowles), que ela descreve como "pecadora não-arrependida".
Lilly é uma mulher forte, e ela acompanha Darrin em todos os momentos enquanto ele a convence a entrar para o coral e a reatar o namoro de infância deles. Darrin descobre que o coral que tanto o emocionou no enterro de tia Sally estava apenas de passagem pela cidade, e o publicitário, que se fez passar por produtor de discos mas na verdade não sabe diferenciar um sustenido de um bemol, tem apenas seis semanas para formar um grupo gospel de qualidade a partir dos cantores amadores que vivem na cidade.
Até mesmo ateus acabam sendo convocados para cantar no coral, cujos integrantes acabam por incluir três detentos da prisão local (entre eles Montell Jordan, que canta em falsete, e T-Bone, que gosta de rap), e os barbeiros da cidade (The O'Jays, que cantam uma versão de "Love me like a rock").
O filme passa o clima de uma comunidade real, sem deixar de enfatizar a natureza divertida do material. Ninguém se surpreenderá ao ficar sabendo que os personagens serão castigados ou premiados conforme o que merecem, nem que Darrin vai aprender a deixar de mentir e encontrar a verdadeira felicidade no final.
Beyoncé solta a voz no cinema
"Resistindo às tentações" é uma comédia centrada sobretudo na música. Seria um desperdício se não fosse assim, já que o filme conta com forças poderosas do r&b, gospel e hip-hop, como Beyonce Knowles, The O'Jays, Melba Moore, Faith Evans, Shirley Caesar, Montell Jordan e T-Bone. Números musicais exuberantes e ótimos personagens cômicos incrementam a trama básica: rapaz natural de pequena cidade do interior volta às raízes depois de passar algum tempo na cidade grande. O filme - sucesso que arrecadou mais de US$ 11 milhões em seu fim de semana de estréia nos EUA - entra em cartaz nesta sexta-feira no Brasil. (Leia Mais)
Sábado, 06 de Março de 2004 às 06:35, por: CdB