Rio de Janeiro, 07 de Dezembro de 2024

Brasil e China fecham dez acordos bilionários

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Segunda, 20 de Dezembro de 2004 às 09:56, por: CdB

 Durante a missão brasileira à China, em maio deste ano, os governos dos dois países assinaram dez documentos com o objetivo de impulsionar uma parceria considerada estratégica. Os acordos abrangeram áreas como infra-estrutura, segurança de produtos alimentícios, saúde, vigilância de medicamentos, ciência e tecnologia, concessão de vistos e esportes.

Em um comunicado conjunto, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao comprometeram-se com o desenvolvimento estável e de longo prazo da cooperação econômico-comercial bilateral. Também reiteraram a importância da aliança entre os países em desenvolvimento - a parceria sino-brasileira é considerada, pelos dois governantes, como parte essencial da relação transregional entre a Ásia e a América Latina.

Por fim, foi oficializada a instalação do Conselho Empresarial Brasil-China e ainda foram assinados 15 contratos comerciais entre empresas brasileiras e chinesas. Os 400 empresários que integraram a missão coordenada pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex) tiveram a oportunidade de expor seus produtos e particpar de rodadas de negócios pré-agendadas.

No começo de novembro, o presidente chinês, Hu Jintao, retribuiu a visita de Lula. Desta vez, foram assinados 11 acordos governamentais relacionados à extradição, à produção de etanol, ao combate ao crime organizado, à construção do satélite CBERS-2B (Satélite Sino-brasileiro para Captação de Imagens da Terra), apoio a empreendimentos conjuntos (joint ventures) e cooperação nas áreas de regulamentação fito e zoosanitária, infra-estrutura, energia, gás natural, proteção ambiental, meios de transporte, biotecnologia e mineração.

Lula e Hu Jintao assinaram, ainda, quatro protocolos sobre condições sanitárias para a exportação de carne bovina e ainda um acordo para facilitar a vinda de turistas chineses ao Brasil - o que pode elevar o número de turistas chineses, atualmente em 15 mil por ano, para 100 mil até 2007. Ao final, China prometeu apoio à aspiração do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e o governo brasileiro reconheceu o status de economia de mercado à China.

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