Parte da diplomacia brasileira avalia que o alinhamento entre o governo do republicano Donald Trump e as ‘big techs’ trará um teste para as democracias ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Os bilionários Elon Musk, dono do X, Mark Zuckerberg, da Meta, e Jeff Bezos, da Amazon, estiveram presentes à cerimônia de posse.
Por Redação – de Brasília
Integrantes do gabinete de avaliação de cenário internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preveem um cenário complexo na política internacional após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Para um diplomata, ouvido em condição de anonimato pela mídia consiervadora, “Trump vai tentar remodelar a extrema direita. Vai ser uma batalha longa, dura e assimétrica”.

Parte da diplomacia brasileira avalia que o alinhamento entre o governo do republicano Donald Trump e as ‘big techs’ trará um teste para as democracias ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Os bilionários Elon Musk, dono do X, Mark Zuckerberg, da Meta, e Jeff Bezos, da Amazon, estiveram presentes à cerimônia de posse, ocorrida na véspera.
A expectativa é de que a Alemanha seja o primeiro alvo dessa aliança entre extrema-direita e ‘big techs’. O país tem eleições marcadas para fevereiro, após uma crise atingir o gabinete do primeiro-ministro de centro-esquerda, Olaf Scholz. O megaempresário Elon Musk, que agora integra o governo de Trump, já manifestou seu apoio à candidata do partido de extrema-direita AfD, Alice Weidel. Já na América Latina, o Chile, governado por Gabriel Boric, seria já o próximo alvo.
China
No Brasil, diplomatas avaliam que haverá um investimento para promover o crescimento da extrema-direita nas redes sociais, neste ano.
— A primeira rota de colisão vai ser com as redes sociais mesmo — avaliou outra fonte do Itamaraty.
O governo já avalia formas de diminuir a dependência das empresas desses bilionários, como a Starlink, de Musk, que tem contratos com as Forças Armadas brasileira.