A partida entre Brasil e Haiti, conhecida como o "Jogo da Paz", serviu mesmo só para contribuir para o processo de pacificação do país da América Central. Durante a vitória por 6 x 0, nesta quarta-feira, o treinador Carlos Alberto Parreira não teve como fazer uma avaliação caprichada sobre sua equipe, em Porto Príncipe.
O técnico escalou os principais jogadores que tinha em mãos e manteve o time assim até o final do primeiro tempo. Durante o intervalo, ele retirou o zagueiro Juan, o volante Gilberto Silva, o meia Edu e o atacante Ronaldo para colocar Cris, Renato, Magrão e Nilmar, respectivamente.
Após 15 minutos do segundo tempo, o treinador resolveu colocar todos os outros jogadores que estavam no banco de reservas esperando por uma oportunidade de entrar em campo. Dessa vez, saíram o goleiro Júlio Cesar, o lateral-esquerdo Roberto Carlos e o meia Roger para a entrada de Fernando Henrique, Adriano e Pedrinho.
A festa das substituições provou que Parreira estava mais preocupado em seguir o protocolo, promovendo o espetáculo para o povo haitiano, do que avaliar a capacidade técnica de cada jogador com a camisa da seleção.
A Seleção Brasileira volta a jogar dia cinco de setembro, contra a Bolívia, em São Paulo, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Boa parte dos jogadores que participaram desse amistoso, como Roger, Magrão, Pedrinho, Adriano, Fernando Henrique, Nilmar e Gilberto Silva, não estarão presentes.
A partida foi muito fácil para o Brasil, como já era de se esperar. Logo aos 19 minutos, o meia Roger, do Fluminense, tabelou com Ronaldo e invadiu a área para marcar seu primeiro gol com a camisa da seleção.
Ronaldinho Gaúcho marcou o gol mais bonito da partida aos 32 minutos quando dominou a bola na intermediária, driblou dois marcadores com um lance de enorme habilidade, invadiu a área, deixou o goleiro para trás e tocou para as redes. Na comemoração, enquanto os haitianos vibravam, Ronaldinho comemorou com a tradicional "sambadinha" diante dos torcedores.
Aos 41, Ronaldo mostrou-se altruísta e consciente de suas obrigações em relação ao espetáculo da Seleção do Brasil quando dominou a bola, correu pelo lado direito do campo, driblou em velocidade seu marcador e entregou a bola de presente para Roger marcar mais um.
No segundo-tempo, logo aos 21 minutos, Ronaldinho Gaúcho marcou de falta. Aos 36, Juninho Pernambucano cobrou falta da direita e tocou a bola para Ronaldinho marcar seu terceiro gol do dia. Finalmente, aos 40 minutos, o atacante Nilmar, do Internacional, dominou a bola no meio-de-campo, correu em direção ao gol, deixando todos seus marcadores para trás, e marcou o sexto gol da goleada.
Equipes
Haiti: Max (Gabart), Thelanor, Germain, Gabbardi, Bourcicaut, Guillaune, Bourdot, Gilles, Romulut, Fleury e Desir. Técnico: Carlo Masinlin
Brasil: Júlio César (Fernando Henrique), Belletti, Juan (Cris), Roque Júnior e Roberto Carlos (Adriano); Gilberto Silva (Renato), Edu (Magrão), Roger (Pedrinho) e Juninho Pernambucano, Ronaldo (Nilmar) e Ronaldinho Gaúcho. Técnico: Carlos Alberto Parreira
Juiz: Paulo César de Oliveira (BRA).
Gols: Roger aos 19, Ronaldinho Gaúcho aos 32 e Roger aos 41 minutos do primeiro tempo. Ronaldinho Gaúcho aos 21 e 36, e Nilmar aos 40 minutos do segundo tempo.