O estudo mostra, ainda, que 28% de todos os textos, entre noticiosos e opinativos, foram favoráveis ao indiciamento. Na quinta-feira, a PF divulgou o relatório final das investigações e atribuiu ao ex-chefe do Executivo, militares de alta patente e aliados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado e organização criminosa.
Por Redação – de Brasília
As medidas judiciais cumpridas contra o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), que poderão levá-lo à cadeia em um curto espaço de tempo, receberam a aprovação da maioria absoluta dos eleitores brasileiro engajados nas redes sociais, conforme levantamento do instituto de pesquisa Nexus com a análise de 3,8 publicações no Instagram, Facebook e X (antigo Twitter), entre quinta e sexta-feiras da semana passada. O indiciamento de Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado em investigação nas Operações Tempus Veritatis e Contragolpe foi aprovada por três a cada quatro mensagens opinativas nas redes sociais, segundo relatório do instituto divulgado nesta segunda-feira.
O estudo mostra, ainda, que 28% de todos os textos, entre noticiosos e opinativos, foram favoráveis ao indiciamento. Na quinta-feira, a PF divulgou o relatório final das investigações e atribuiu ao ex-chefe do Executivo, militares de alta patente e aliados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas máximas previstas para esses delitos chegam a 28 anos de prisão.
A pesquisa da Nexus nas redes sociais aponta que, entre as publicações que somam quase 95% do engajamento, 28% apoiam a atuação da PF, 9% são contra e 63% são neutros. Entre as mensagens que expressam algum posicionamento, três a cada quatro (75%) são favoráveis ao indiciamento de Bolsonaro. Outros 25% são contrários.
Neutro
Os analistas buscaram publicações no X, Facebook e Instagram, entre 00h do dia 21 e 10h do dia 22 de novembro. As mensagens do X indicavam o maior percentual de aprovação do indiciamento, com 46% a favor, seguido por 37% neutros e 18% contrários.
Já no Instagram, prevaleceu a neutralidade (82%), seguida por 17% a favor e apenas 2% contra. O cenário era semelhante ao encontrado pelo instituto nas publicações no Facebook: 70% das publicações neutras, 21% favoráveis ao indiciamento e 9% contrárias.
O levantamento avaliou o teor das 120 publicações que mais engajaram em cada uma das três redes sociais analisadas. Foram 360 publicações que representam perto de 95% de todo o engajamento (reações, comentários e compartilhamentos) registrado no ambiente digital no período. O pico de publicações e reações sobre o tema ocorreu entre 15h30 e 16h, logo depois de a informação ser divulgada pela PF.