Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2024

Cai tráfego em redes P2P depois de ações judiciais

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Quarta, 01 de Outubro de 2003 às 08:55, por: CdB

Os processos abertos contra pessoas que trocaram músicas pela Internet parecem ter reduzido a atividade nas redes mais populares de troca de arquivos, demonstra uma nova pesquisa divulgada esta semana nos Estados Unidos. A Nielsen/NetRatings, que acompanha o uso da Internet, informou ontem que constatou uma queda de 41% na audiência do Kazaa, a maior dessas redes, ao longo dos últimos três meses.

Em 8 de setembro, a Associação da Indústria Fonográfica da América (Riaa), grupo que representa grandes gravadoras como Warner Music e Universal Music, processou 261 pessoas por troca de arquivos. "A Riaa está claramente tentando enviar uma mensagem forte aos usuários norte-americanos da Web, e a mensagem parece estar funcionando", disse Greg Bloom, analista da Nielsen/NetRatings. "Com centenas de pessoas enfrentando processos reais, a ameaça é muito séria para aqueles que trocam arquivos de música", disse.

Desde a semana encerrada em 29 de junho, o tráfego no Kazaa caiu 41%, para cerca de 3,9 milhões de visitantes únicos, ante 6,5 milhões na semana encerrada em 21 de setembro. O tráfego do Morpheus, outro serviço de troca de arquivos, caiu para 261 mil visitantes únicos na semana encerrada em 21 de setembro, ante 272 mil na semana encerrada em 29 de junho.

Enquanto isso, a RIAA até esta semana já tinha chegado a acordo com 64 pessoas, entre as quais 12 que não eram alvo de processos.

Na segunda-feira, diversas redes de troca de arquivos anunciaram um código de conduta para encorajar o comportamento responsável entre os seus milhões de usuários, e pediram que o Congresso descubra uma forma de reembolsar as gravadoras e outros detentores de direitos autorais pelo material trocado online.

Dados divulgados ontem mostram que, em pesquisa realizada em agosto, uma vasta maioria dos adolescentes acreditava que baixar música de graça é moralmente aceitável. Uma pesquisa Gallup constatou que 83% de 517 adolescentes entre os 13 e 17 anos pesquisados consideravam aceitável o download não autorizado de música.

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