A hantavirose, uma doença rara e emergente, já provocou a morte de cinco pessoas este ano em Minas Gerais. A confirmação é do diretor do Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde - CENEPI, Jarbas Barbosa, que recebeu a informação da Secretaria de Saúde do estado. Minas Gerais registrou este ano, até a semana passada, nove casos de infecção provocada pelo hantavírus e cinco pessoas morreram, três somente em Uberaba. O Triângulo Mineiro é a região de maior ocorrência da hantavirose no estado. - No Brasil, desde que o CENEPI intensificou a vigilância, a partir de 1993, tem ocorrido uma média de 50 casos da doença por ano - informou Jarbas Barbosa. Ele disse que não há nenhum surto, nem epidemia de hantavírus no Brasil. O sintoma da doença é uma virose que leva a um quadro pulmonar grave que pode provocar insuficiência respiratória no paciente e até a morte e por isso, deve ser tratado em um hospital. Os desmatamentos indiscriminados são a principal causa do aparecimento do hantavírus. É uma doença silvestre transmitida por roedores, principalmente ratos, que habitam as matas. Jarbas Barbosa diz que o processo de desmatamento provoca a escasez de alimentos naturais que os roedores silvestres encontram nas matas, e passem a procurar comida nas casas, galpões e armazéns de fazendas, onde a armazenagem inadequada de alimentos atrai esses animais. As hantaviroses constituem-se numa doença com duas formas clínicas principais, a renal e a pulmonar. A renal é mais freqüente na Europa e Ásia, enquanto a pulmonar ocorre principalmente no continente americano, com os Estados Unidos e a Argentina registrando o maior número de casos.
Cinco pessoas morrem em Minas vítimas da Hantavirose
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Quarta, 04 de Junho de 2003 às 19:35, por: CdB