Rio de Janeiro, 20 de Abril de 2025

Combates mataram 7 mil pessoas desde janeiro no Congo, diz premiê

Desde janeiro, o grupo rebelde M23, que Kinshasa acusa Ruanda de apoiar, capturou áreas do leste do Congo, incluindo as cidades de Goma e Bukavu, e valiosos depósitos minerais.

Segunda, 24 de Fevereiro de 2025 às 11:39, por: CdB

Desde janeiro, o grupo rebelde M23, que Kinshasa acusa Ruanda de apoiar, capturou áreas do leste do Congo, incluindo as cidades de Goma e Bukavu, e valiosos depósitos minerais.

Por Redação, com Reuters – de Genebra

Cerca de 7 mil pessoas, combatentes e civis, morreram desde janeiro em combates no leste da República Democrática do Congo. A informação foi dada nesta segunda-feira pela primeira-ministra do país, Judith Suminwa, em reunião de alto nível do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

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Cerca de 450 mil pessoas ficaram sem abrigo

Cerca de 3 mil mortes foram registradas em Goma, afirmou Judith, e cerca de 450 mil pessoas ficaram sem abrigo depois que 90 campos de deslocados foram destruídos.

Desde janeiro, o grupo rebelde M23, que Kinshasa acusa Ruanda de apoiar, capturou áreas do leste do Congo, incluindo as cidades de Goma e Bukavu, e valiosos depósitos minerais.

Avanço do M23

Os últimos combates e o avanço do M23 fazem parte de ums grande escalada no leste do Congo de um conflito por poder, identidade e recursos que remonta ao genocídio de Ruanda na década de 1990.

Ruanda rejeita as alegações do Congo, das Nações Unidas e das potências ocidentais de que apoia os rebeldes do M23 com armas e tropas.

Judith Suminwa conclamou o mundo a agir e a impor “sanções dissuasivas” a Ruanda em meio a deslocamentos em massa e execuções sumárias.

– É impossível descrever os gritos e choros de milhões de vítimas desse conflito – disse ela.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, na reunião de Genebra, disse que os direitos humanos em todo o mundo estão sendo “sufocados” e fez referência aos horríveis abusos na República Democrática do Congo.

“Se essa questão da violação da integridade territorial não for resolvida, a situação poderá se degenerar”, disse a premiê à Reuters após seu discurso no conselho.

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