Rio de Janeiro, 07 de Dezembro de 2024

Coreia do Norte: mais de 1 milhão de jovens alistaram-se no exército

Arquivado em:
Quarta, 16 de Outubro de 2024 às 15:40, por: CdB

A Coreia do Norte, onde o longo serviço militar é obrigatório para todos os homens, registrou no passado ondas maciças de alistamento patriótico durante períodos de grande tensão com a Coreia do Sul ou com os Estados Unidos.

Por Redação, com Reuters – de Pyongyang

A Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira que mais de 1 milhão de jovens se alistaram no exército nesta última semana, depois de Pyongyang acusar Seul de enviar drones para território norte-coreano e ameaçar retaliar.

COREIA.jpg
Tensão com a vizinha Coreia do Sul aumenta

“Milhões de jovens juntaram-se à luta nacional para eliminar a escória da República da Coreia que cometeu uma grave provocação ao violar a soberania da República Popular Democrática da Coreia através da infiltração de um drone”, escreveu a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, referindo-se aos dois países pelos nomes oficiais.

De acordo com a KCNA, mais de 1,4 milhão de jovens, incluindo estudantes e líderes de ligas juvenis, voluntariaram-se na segunda e na terça-feira para se juntarem ao Exército Popular da Coreia.

A Coreia do Norte, onde o longo serviço militar é obrigatório para todos os homens, registrou no passado ondas maciças de alistamento patriótico durante períodos de grande tensão com a Coreia do Sul ou com os Estados Unidos.

Entenda

O regime norte-coreano queixou-se do envio de vários drones, desde outubro, que teriam lançado, sobre a capital Pyongyang, panfletos de propaganda com “rumores inflamatórios e disparates”.

O país responsabilizou seu vizinho ao Sul pelas ações e avisou que o envio de mais um drone será considerado “uma declaração de guerra”.

No domingo, o governo norte-coreano disse ter ordenado a oito brigadas de artilharia para estarem “totalmente preparadas para abrir fogo”, além de ter reforçado os postos de observação aérea em Pyongyang.

O Ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, negou qualquer envolvimento. No entanto, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) disse que “não podia confirmar se as alegações norte-coreanas eram verdadeiras ou não”.

O envio poderia ter partido de grupos sul-coreanos que habitualmente enviam propaganda e cédulas de dólar para o Norte, normalmente em balões, mas por vezes em pequenos drones difíceis de detectar pelas defesas aéreas do Norte e do Sul, indicaram observadores.

As autoridades da província de Gyeonggi, que faz fronteira com a Coreia do Norte, vão designar as cidades fronteiriças de Yeoncheon, Gimpo e Paju “como zonas especiais de perigo onde qualquer pessoa que tente enviar panfletos para o Norte pode ser investigada criminalmente”, disse um funcionário à agência de notícias France-Presse.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo