Rio de Janeiro, 04 de Dezembro de 2024

Déficit de empresas estatais têm o pior resultado da série histórica

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Segunda, 11 de Novembro de 2024 às 18:54, por: CdB

O resultado considera as contas de estatais federais, estaduais e municipais, exceto dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, também não entram no cálculo.

Por Redação – de Brasília

As empresas estatais registraram um déficit primário de R$ 7,4 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira, no acumulado do ano até setembro. Esse foi o pior resultado para o período desde o início da série histórica da autoridade monetária, em 2002.

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O déficit das empresas públicas pioram a situação do Tesouro Nacional

O resultado considera as contas de estatais federais, estaduais e municipais, exceto dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, também não entram no cálculo. No mesmo intervalo, as empresas controladas por Estados tiveram um resultado deficitário de R$ 3,26 bilhões, enquanto o déficit das estatais federais foi de R$ 4,18 bilhões.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público disse em nota, no mês passado, que parte expressiva do déficit das estatais federais corresponde a investimentos. A pasta destacou que o resultado primário leva em consideração apenas receita e despesa primária do mesmo ano corrente e não contabiliza os recursos em caixa das companhias, disponíveis de anos anteriores, nem eventuais receitas de financiamentos.

Contas públicas

“O resultado primário, nesse sentido, não é uma medida adequada de saúde financeira da companhia. É comum empresas registrarem déficit primário mesmo com aumento do lucro se estiverem acelerando seus investimentos, na expansão/modernização dos negócios”, afirmou a autarquia.

A União controla diretamente 44 estatais federais e, de forma indireta, outras 79 empresas que são subsidiárias das empresas de controle direto.

O BC também indica que a dívida bruta do Brasil ficou em 78,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro, redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esse resultado interrompeu uma trajetória de alta iniciada em junho de 2023. A dívida bruta – que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores, na hora de avaliar a saúde das contas públicas.

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