O resultado considera as contas de estatais federais, estaduais e municipais, exceto dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, também não entram no cálculo.
Por Redação – de Brasília
As empresas estatais registraram um déficit primário de R$ 7,4 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira, no acumulado do ano até setembro. Esse foi o pior resultado para o período desde o início da série histórica da autoridade monetária, em 2002.
O resultado considera as contas de estatais federais, estaduais e municipais, exceto dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, também não entram no cálculo. No mesmo intervalo, as empresas controladas por Estados tiveram um resultado deficitário de R$ 3,26 bilhões, enquanto o déficit das estatais federais foi de R$ 4,18 bilhões.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público disse em nota, no mês passado, que parte expressiva do déficit das estatais federais corresponde a investimentos. A pasta destacou que o resultado primário leva em consideração apenas receita e despesa primária do mesmo ano corrente e não contabiliza os recursos em caixa das companhias, disponíveis de anos anteriores, nem eventuais receitas de financiamentos.
Contas públicas
“O resultado primário, nesse sentido, não é uma medida adequada de saúde financeira da companhia. É comum empresas registrarem déficit primário mesmo com aumento do lucro se estiverem acelerando seus investimentos, na expansão/modernização dos negócios”, afirmou a autarquia.
A União controla diretamente 44 estatais federais e, de forma indireta, outras 79 empresas que são subsidiárias das empresas de controle direto.
O BC também indica que a dívida bruta do Brasil ficou em 78,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro, redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esse resultado interrompeu uma trajetória de alta iniciada em junho de 2023. A dívida bruta – que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores, na hora de avaliar a saúde das contas públicas.