Diretora francesa entra para a história do Cinema ao receber a Palma de Ouro, em Cannes
Os prêmios foram concedidos por um grupo de jurados presidido pelo cineasta norte-americano Spike Lee, com a participação de um brasileiro, o diretor Kleber Mendonça Filho, codiretor de Bacurau —que há dois anos recebeu o prêmio do Júri.
Os prêmios foram concedidos por um grupo de jurados presidido pelo cineasta norte-americano Spike Lee, com a participação de um brasileiro, o diretor Kleber Mendonça Filho, codiretor de Bacurau —que há dois anos recebeu o prêmio do Júri.
Por Redação, com agências internacionais - de Cannes, França
Vencedor da Palma de Ouro, no Festival de Cannes, o filme Titane, da francesa Julia Ducournau, entra para a história do Cinema por ser a segunda vez, em 74 anos, que uma diretora vence a premiação. Antes de Julia Ducourneau, a neozelandesa Jane Campion recebeu o prêmio, em 1993, por O Piano.
Titane, filme dirigido pela francesa Julia Ducournau, surpreendeu o júri do Festival de Cannes
Os prêmios foram concedidos por um grupo de jurados presidido pelo cineasta norte-americano Spike Lee, com a participação de um brasileiro, o diretor Kleber Mendonça Filho, codiretor de Bacurau — que há dois anos recebeu o prêmio do Júri.
A história de Titane, mistura de drama, comédia, suspense, ação e ficção científica, conta a trajetória de uma mulher que, após sofrer um acidente na infância, sente uma atração erótica por carros. Sobre a premiação, Lee comentou que ficou impressionado pela "loucura genial" do filme de Ducournau, destacando o episódio em que a protagonista do filme fica grávida de um Cadillac.
Queimadas
Sobre ter presidido o júri, o diretor de Faça a Coisa Certa disse que teve a ideia de "não trazer o imperialismo norte-americano, mas valorizar a democracia e os diferentes pontos de vista”. Em sua passagem pelo festival, Spike Lee não poupou comentários polêmicos, tecendo comentários sobre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Donald Trump e Vladimir Putin, os quais chamou de "gângsteres".
O Brasil, que concorria na seleção oficial com dois curtas-metragens, acabou levando menção honrosa nesta categoria pelo paulista Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci, sobre uma mulher grávida que frequenta uma igreja neopentecostal e vive sob os efeitos da poluição advinda das queimadas que atingem, com força, a Floresta Amazônica.