Egito encontra partes de corpos e assento de aeronave da EgyptAir
Autoridades egípcias encontraram bagagens, um assento e partes de corpos durante buscas pela aeronave da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo, disse o ministro
O voo, que levava 66 pessoas a bordo, desapareceu minutos depois de deixar a Grécia para espaço aéreo egípcio na manhã de quinta-feira
Por Redação, com Reuters - de Atenas/Paris/Cairo:
Autoridades egípcias encontraram bagagens, um assento e partes de corpos durante buscas pela aeronave da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo, disse o ministro da Defesa da Grécia nesta sexta-feira.
– Pouco tempo atrás fomos comunicados por autoridades egípcias... sobre a descoberta de parte de corpo, um assento e bagagens pouco ao sul de onde o sinal da aeronave foi perdido – disse o ministro da Defesa, Panos Kammenos, a repórteres em Atenas.
Avião da EgyptAir no aeroporto Charles de Gaulle
O voo, que levava 66 pessoas a bordo, desapareceu minutos depois de deixar a Grécia para espaço aéreo egípcio na manhã de quinta-feira.
Kammenos disse que a Grécia não irá especular razões sobre o ocorrido. Ele reiterou que radares gregos mostraram grandes oscilações na trajetória da aeronave, à medida que mergulhou de uma altitude de 15 mil pés, então desaparecendo de radares.
Investigadores franceses
Três investigadores franceses e um especialista técnico da Airbus desembarcaram no Aeroporto Internacional do Cairo nesta sexta-feira para ajudar na investigação do avião da EgyptAir que desapareceu na quinta-feira, disseram fontes do aeroporto.
Os investigadores franceses fazem parte do escritório de investigação e análise do Ministério de Aviação Civil da França, disseram as fontes.
A França participa de um comitê de investigação liderado pelo Egito, já que é o país no qual a aeronave foi fabricada e é o segundo com maior número de passageiros, 15, a bordo. Um total de 66 pessoas estavam a bordo do avião, sendo 30 delas do Egito.
Egito enfrentra investigação difícil
O Egito lançou uma investigação oficial sobre o desaparecimento do voo da EgyptAir na quinta-feira, anunciando o que especialistas em segurança chamaram de uma difícil apuração sobre o aparente sumiço do Airbus.
O A320 desapareceu das telas dos controladores sobre o Mediterrâneo, ao sul da Grécia, no trajeto de Paris para o Cairo, com Atenas dizendo que o avião deu uma guinada antes de perder altitude.
Não havia relatos imediatos se os Estados Unidos, onde a fábrica de motores Pratt & Whitney é baseada, participaria do processo.
De acordo com as regras mundiais da aviação, o país que produz os motores pode esperar participar numa investigação sobre um acidente aéreo.
Contudo, uma autoridade norte-americana declarou que as agências dos EUA temem que o Egito tentará manter os investigadores norte-americanos à distância devido a tensões que vêm desde o acidente com o EgyptAir 990 na costa dos EUA em 1999.
As relações entre agências de aviação do Egito e dos EUA são tensas desde que investigadores norte-americanos divulgaram que um copiloto suicida provocou deliberadamente o acidente com o Boeing 767.
Os investigadores egípcios acusaram a comissão de segurança do transporte nacional de distorcer as evidências para sustentar a teoria sobre o suicídio e produziu o seu próprio relatório apontando problemas técnicos.
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