Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Entrevistados elogiam conversas entre os presidente Lula e Trump

A conversa entre Lula e Trump gera elogios e expectativas positivas entre eleitores brasileiros. Descubra os resultados da pesquisa sobre o encontro.

Quarta, 08 de Outubro de 2025 às 21:00, por: CdB

O presidente dos Estados Unidos mencionou a conversa que teve com Lula ao discursar na cerimônia, ocasião em que relatou que ambos tiveram uma “química excelente”.

Por Redação – de São Paulo

O rápido encontro de menos de um minuto entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos EUA, Donald Trump, em Nova York, há duas semanas, foi considerado positivo por quase 50% dos eleitores brasileiros. Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 49% afirmam que Lula saiu mais forte politicamente da breve reunião ocorrida durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A pesquisa foi realizada antes do telefonema trocado entre os chefes de Estado, na semana passada.

Entrevistados elogiam conversas entre os presidente Lula e Trump | O presidente Lula usa um boné com mensagem para o público, nas redes sociais
O presidente Lula usa um boné com mensagem para o público, nas redes sociais

O presidente dos Estados Unidos mencionou a conversa que teve com Lula ao discursar na cerimônia, ocasião em que relatou que ambos tiveram uma “química excelente”.

— Ele parece um homem muito legal. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele — afirmou o norte-americano.

 

Elogios

Esta foi a primeira vez que os chefes de Estado se encontraram após os EUA anunciarem o tarifaço contra produtos brasileiros e a aplicação de sanções contra autoridades do Judiciário e do governo Lula. O processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) serviu de justificativa para as medidas.

Ainda de acordo com a pesquisa, para 27% Lula saiu mais fraco daquele encontro e 10% responderam “nem forte nem fraco”. Outros 14% não souberam responder. A maioria, 57%, disse que ficou sabendo dos elogios feitos por Trump ao presidente brasileiro na ONU – 43% responderam que não.

A percepção positiva sobre a conversa atinge percentuais ainda mais altos entre os eleitores que se declaram lulistas ou “esquerda não lulista”. Nesses grupos, 78% e 75% acham que o presidente saiu mais forte politicamente.

 

Posicionamento

Já entre os bolsonaristas, apenas 26% entendem que Lula saiu mais forte e para 51% ele saiu mais fraco. Para aqueles que se declaram sem posicionamento político, 44% acham que Lula ficou mais forte e 25% que ficou mais fraco.

O instituto fez 2.004 entrevistas presenciais entre quinta-feira e domingo. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi finalizada, portanto, antes da conversa telefônica que Lula e Trump tiveram na segunda-feira. Após a ligação, ambos elogiaram o teor do diálogo e sinalizaram que um encontro presencial pode ocorrer em breve.

A Quaest perguntou se Lula e Trump vão “se dar bem” após um eventual encontro e 51% afirmam que sim. Outros 36% acham o contrário, e 13% não opinaram. Segundo o instituto, 46% acham que Lula deveria “se esforçar” para se reunir com Trump e 44% avaliam que o presidente deveria “ser cuidadoso e esperar mais”. Ao todo, 10% não responderam.

Em um eventual encontro, 65% dos entrevistados acreditam que Lula deve ser “amigável” com Trump – 58% responderam dessa forma em agosto. Diminuiu de 33% para 25% o percentual de quem acha que a atitude deva ser mais “dura”.

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