A crise na Parmalat Brasil começou a ter as primeiras vítimas na empresa. Oito executivos da sucursal italiana terão quebrados os sigilos bancário, fiscal e eletrônico dos últimos cinco anos, conforme lista preparada pela Justiça.
O escândalo financeiro que assolou a matriz da Parmalat em dezembro já levou uma dezena de pessoas à prisão na Itália, entre elas o fundador do grupo alimentício, Calisto Tanzi. Bancos na Europa também são alvo de investigação.
No Brasil, o caso vem se agravando com as suspeitas de transferência ilegal de dinheiro dentro e fora do país entre as unidades do grupo. A Polícia Federal já investiga a Parmalat e deputados demonstraram interesse em instalar uma CPI sobre o caso.
As informações levantadas poderão ser usadas como subsídio à CPI do Banestado, que descobriu transferências no total de 1,7 bilhão de reais da Parmalat brasileira ao exterior entre 1996 e 2002, via conta CC-5 (de não-residentes no país).