Pelo menos 40 pessoas foram mortas e 52 ficaram feridas em uma forte explosão de um carro-bomba em uma manifestação religiosa no início desta quinta-feira (horário local), na cidade paquistanesa de Multan, região central do país. A informação foi dada pela polícia e trabalhadores de ambulâncias.
Uma manifestação em homenagem ao primeiro aniversário do assassinato do líder extremista sunita Azim Tariq foi dispersada no momento da forte explosão às 4h40 (horário local, 20h40 em Brasília), segundo a polícia.
- Até o momento, sabemos que 40 pessoas morreram e 52 ficaram feridas - disse Muhammad Yusuf, superintende assistente da polícia de Multan.
Segundo disse outro oficial de polícia de Multan, Silkander Hayat, à Reuters, a explosão deixou o carro em pedaços. A emissora de televisão privada Geo disse que o carro-bomba explodiu próximo ao local da manifestação no bairro de Rasheedabad, cerca de 425 quilômetros a sudoeste da capital Islamabad.
A emissora disse ainda que duas explosões foram ouvidas no espaço de um minuto.
Centenas de pessoas participavam da manifestação e se dispersarem no momento da explosão, segundo a emissora.
O líder militante sunita e membro do parlamento, Azam Tariq está entre as cinco pessoas mortas em um ataque a seu carro em 6 de outubro do ano passado nas cercanias da capital.
O grupo de Tariq, Sipah-e-Sahaba Pakistan (SSP) - que significa Soldados dos Companheiros de Maomé) era um dos sete grupos colocados na ilegalidade pelo presidente paquistanês Pervez Musharraf - cinco deles postos na clandestinidade após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
O SSP tem sido acusado de envolvimento em uma onda de violência entre os sunitas, maioria no Paquistão, e os xiitas, que representam 15% da população de 150 milhões de pessoas.
Como toda organização deste tipo, a SSP atualmente opera sob um novo nome.