Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

FBI abre investigação sobre China 'a cada 10 horas', diz diretor do departamento

Audiência com diretor do FBI ocorre na mesma semana em que o governo norte-americano concluiu que a China representa uma ameaça "prolífica e eficaz" nas capacidades de espionagem cibernética.

Quinta, 15 de Abril de 2021 às 10:11, por: CdB

Audiência com diretor do FBI ocorre na mesma semana em que o governo norte-americano concluiu que a China representa uma ameaça "prolífica e eficaz" nas capacidades de espionagem cibernética.

Por Redação, com Sputnik - de Washington
Audiência com diretor do FBI ocorre na mesma semana em que o governo norte-americano concluiu que a China representa uma ameaça "prolífica e eficaz" nas capacidades de espionagem cibernética.
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FBI abre investigação sobre China
O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA tem mais de duas mil investigações vinculadas ao governo chinês e está abrindo uma nova "a cada 10 horas", afirmou Christopher Wray, diretor do departamento, ao Comitê de Inteligência do Senado dos EUA na quarta-feira. Wray disse aos senadores norte-americanos que nenhum outro país representa mais uma ameaça à segurança econômica e aos ideais democráticos dos EUA do que a China, acrescentando que as capacidades de Pequim de influenciar as instituições norte-americanas eram "profundas, amplas e persistentes", reporta a emissora CNN. A diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, e o diretor da CIA, William Burns, também participaram da audiência, que foi o primeiro testemunho público dos líderes de inteligência do país perante o Congresso dos EUA desde 2019. A audiência ocorre dias após o governo norte-americano concluir que a China representa uma ameaça "prolífica e eficaz" nas capacidades de espionagem cibernética, de acordo com a Avaliação Anual de Ameaças da Comunidade de Inteligência dos EUA publicada pelo Escritório da Diretora de Inteligência Nacional (DNI, na sigla em inglês).

Tensões sino-americanas

A audiência e os comentários de Wray ocorrem em meio às crescentes tensões entre Washington e Pequim em uma série de frentes, incluindo alegados abusos de direitos humanos em Xinjiang, China, e questões relacionadas a Taiwan e Hong Kong, que Pequim considera assuntos internos da China e, como tal, devem ser geridos pela nação chinesa. Wray falou sobre uma operação do governo chinês chamada Foxhunt (caça à raposa), que o diretor do FBI alega envolver Pequim conduzindo "atividades ilegais descoordenadas de aplicação da lei" em solo norte-americano como um meio de "ameaçar, intimidar, assediar (e) chantagear" membros da "diáspora" chinesa. – É uma indicação e uma ilustração de como essa ameaça em particular é desafiadora e diversa – garantiu Wray. O governo chinês vê a Operação Foxhunt como uma campanha internacional anticorrupção que visa apenas fugitivos da China, muitas vezes ex-funcionários ou indivíduos ricos suspeitos de crimes econômicos. O Ministério das Relações Exteriores da China já defendeu as ações de seus agentes no exterior, observando que "as autoridades policiais chinesas observam estritamente o direito internacional" e acusou as críticas dos EUA de serem "motivadas por motivos ocultos".
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