Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2025

França vai investigar venda de submarinos para o Brasil

A investigação, iniciada em outubro do ano passado, analisa a potencial “corrupção de autoridades estrangeiras” na venda de submarinos da França para o Brasil

Domingo, 21 de Maio de 2017 às 12:00, por: CdB

A investigação, iniciada em outubro do ano passado, analisa a potencial “corrupção de autoridades estrangeiras” na venda de submarinos da França para o Brasil

 

Por Redação, com Reuters - de Paris

 

Promotores franceses vão ampliar, nesta segunda-feira, uma investigação sobre um contrato de 6,7 bilhões de euros firmado em 2008 entre a fornecedora de produtos navais DCNS e o Brasil. O negócio incluiu a venda de cinco submarinos, disse uma fonte próxima à investigação neste domingo.

submarino.jpg
O submarino da classe Barracuda foi negociado entre a França e o Brasil

A investigação, iniciada em outubro do ano passado, analisa a potencial “corrupção de autoridades estrangeiras”, disse a fonte, confirmando uma reportagem do jornal francês Le Parisien.

A investigação está relacionada à Lava Jato, iniciada em 2014 e que já investigou suspeitas de corrupção envolvendo centenas de políticos e figuras públicas, disse o jornal sem citar fontes.

A DCNS negou qualquer irregularidade.

— Não temos nenhuma relação com a Lava Jato. A DCNS respeita escrupulosamente as regras da lei ao redor do mundo — disse um porta-voz. Ele falou à agência inglesa de notícias Reuters.

Submarinos superfaturados

No Twitter, os procuradores disseram no dia 12 de maio que falaram com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Visitaram, também, o órgão de combate à corrupção, mas não fizeram referência à investigação citada pelo Le Parisien.

Em 2015, a Polícia Federal estava investigando potenciais irregularidades no programa militar brasileiro. Haveria indícios de superfaturamento na construção de um submarino nuclear, em parceria com a França, até 2023. O fato foi noticiado por um dos diários conservadores paulistanos.

O jornal não disse se a DCNS, na qual a França controla 62% e o grupo de produtos militares eletrônicos Thales possui 35%, está sendo investigada.

Tags:
Edições digital e impressa