A decisão ocorre após declarações de Gayer em uma rede social, onde afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “cafetão”, teria “oferecido” Gleisi Hoffmann como forma de negociação com o Congresso, por ter dito que ela é “uma mulher bonita”.
Por Redação – de Brasília
Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) anunciou que levará ao Conselho de Ética da Casa o nome do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por proferir ofensas misóginas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o marido da ministra, o deputado Lindberg Farias (PT-RJ) também apresentarão medida semelhante junto ao colegiado.

A decisão ocorre após declarações de Gayer em uma rede social, onde afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “cafetão”, teria “oferecido” Gleisi Hoffmann como forma de negociação com o Congresso, por ter dito que ela é “uma mulher bonita”.
O deputado bolsonarista também usou as redes para espalhar outra insinuação misógina e sem qualquer fundamento, afirmando que a deputada petista mantém um “trisal” com Lindbergh Farias e Davi Alcolumbre. As falas geraram uma onda de repúdio de parlamentares e setores da sociedade civil.
Misógino
As bancadas femininas do PT na Câmara e no Senado, junto à Secretaria de Mulheres do partido, divulgaram nota em que classificam as falas de Gayer como “machistas, misóginas e violentas”.
“As declarações do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) não só desrespeitam as mulheres na política, como também reforçam discursos misóginos que precisamos combater diariamente. O Parlamento não pode compactuar com esse tipo de violência. Aprovamos a Lei 14.192/21 nesta Casa, que foi promulgada para garantir que a violência política de gênero não seja tolerada na mais alta expressão da representatividade política”, diz o comunicado.