Rio de Janeiro, 28 de Abril de 2025

Governo israelense interrompe fornecimento de energia em Gaza

Nos últimos dias, o governo de Benjamin Netanyahu já havia bloqueado o ingresso de ajuda humanitária no enclave.

Segunda, 10 de Março de 2025 às 13:22, por: CdB

Nos últimos dias, o governo de Benjamin Netanyahu já havia bloqueado o ingresso de ajuda humanitária no enclave.

Por Redação, com ANSA – de Gaza

Israel ordenou a interrupção do fornecimento de energia elétrica na Faixa de Gaza no domingo, como forma de pressionar o Hamas a entregar os 59 reféns do país judeu que ainda mantém sob controle.

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Israel cortou fornecimento de energia em Gaza no domingo

– Utilizaremos todas as ferramentas à disposição até que todos os reféns retornem e nos assegurarmos que o Hamas não esteja mais em Gaza no ‘dia seguinte’ – afirmou em vídeo o ministro israelense da Energia, Eli Cohen, responsável por ordenar o corte.

Nos últimos dias, o governo de Benjamin Netanyahu já havia bloqueado o ingresso de ajuda humanitária no enclave, acusando o grupo fundamentalista árabe de rejeitar a proposta para prolongar a primeira fase do acordo de cessar-fogo com a troca de reféns e prisioneiros entre as partes.

Além disso, Israel ainda ameaçou a região com “maiores consequências” e um possível retorno à guerra.

Hamas

Na semana passada, o Hamas também acusou o país judeu de romper o acordo de trégua ao suspender a entrada de ajuda humanitária no enclave. Hoje, o grupo chamou a interrupção de energia elétrica de “chantagem barata e inaceitável”.

– Condenamos veementemente a decisão de cortar a eletricidade em Gaza, após [Israel] ter privado a região de alimentos, medicamentos e água – afirmou Izzat al-Rishq, membro da ala política do Hamas, acrescentando que se trata “de uma tentativa desesperada de pressionar o nosso povo”.

A primeira etapa do cessar-fogo assinado entre o grupo islâmico e as forças israelenses encerrou-se em 1º de março, porém os árabes ainda mantêm 59 reféns no enclave.

Ao todo, o Hamas restituiu 33 reféns israelenses (oito deles mortos) e cinco tailandeses durante a primeira fase da trégua, enquanto Israel libertou mais de 1,7 mil prisioneiros palestinos.

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