A escola de samba Grande Rio decidiu cobrir parcialmente um de seus carros alegóricos que representam posições do Kama Sutra e desistiu de usar o mecanismo que simulava o ato sexual no seu abre-alas com Adão e Eva, que aparecerão apenas se beijando na abertura do desfile.
O carnavalesco Joãosinho Trinta, vítima de outra censura em 1989 com o Cristo esfarrapado, lamentou a interferência nas suas obras, mas afirmou que não tem intenção de criar problemas com a Igreja.
_Não queremos agredir a Igreja, só levar para o mundo inteiro a mensagem do uso da camisinha - disse o carnavalesco criador do enredo Vamos vestir a camisinha, meu amor!, primeiro tema de escola de samba a merecer o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na quarta-feira, promotores da Vara da Infância e Juventude visitaram o barracão da Grande Rio e pediram ao presidente da escola, Helio Ribeiro de Oliveira, que cobrisse as cenas consideradas indecentes pela Igreja.