Rio de Janeiro, 05 de Novembro de 2024

Greve Geral recebe adesão em massa dos setores de Transporte

Arquivado em:
Sábado, 22 de Abril de 2017 às 14:07, por: CdB

No período anterior à greve geral, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo sem Medo promovem a partir deste fim de semana assembleias na periferia da Grande São Paulo

 

Por Redação - de São Paulo

 

A exemplo da mobilização, em todo o país, os trabalhadores do transporte coletivo municipal e intermunicipal da região metropolitana de São Paulo confirmaram, ao longo desta semana, a adesão à greve geral do dia 28. O movimento ganha as rua, contra o projeto de reforma da Previdência, contra a reforma trabalhista e a lei da terceirização, todas propostas pelo governo de Michel Temer. Os sistemas de transporte serao interrompidos em 21 cidades, durante 24 horas.

cut.jpg
CUT organiza reação à aprovação do PL da terceirização pela Câmara: mobilização e greve geral contra retirada de direitos

Da mesma forma, os condutores da Baixada Santista, os ferroviários de quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e os metroviários também vão cruzar os braços neste dia. Os motoristas e cobradores da capital paulista e outras duas linhas da CPTM vão decidir sobre a paralisação no começo da próxima semana.

Os metroviários foram a primeira categoria a confirmar adesão à paralisação, na semana passada. As linhas 1-Azul, (Jabaquara-Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda), 5-Lilás (Capão Redondo-Adolfo Pinheiro) e 15-Prata (Vila Prudente-Oratório) ficarão paralisadas o dia todo, a partir da zero hora do dia 28. A categoria já realizou uma paralisação assim em 15 de março.

Neste sábado, foram confirmadas as paralisações das linhas 7-Rubi (Jundiaí-Luz), 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana), todas da CPTM. O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, que organiza os trabalhadores das linhas 9-Esmeralda (Grajaú-Osasco) e 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), vão realizar assembleia na próxima terça-feira para definir se aderem à paralisação.

Pesquisa

Os condutores da Baixada santista, inclusive de ônibus fretados, também vão paralisar as atividades no dia 28. O transporte coletivo municipal e intermunicipal – realizado por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) – das nove cidades que compõem a região vai parar por 24 horas. A região é formada por Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Itanhaém, Peruíbe, Mongaguá, Cubatão e Praia Grande.

Na região metropolitana de São Paulo, já estão confirmadas as paralisações dos transportes coletivos municipais e intermunicipais. Os municípios são Guarulhos, Itaquaquecetuba, Arujá, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Ribeirão Pires, São Caetano, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Embu-Guaçu, São Lourenço da Serra, Itapecerica da Serra e Osasco. Todas as cidades terão paralisação de 24 horas.

Os motoristas e cobradores da capital paulista já indicaram que também vão aderir à greve geral. No entanto, os trabalhadores vão realizar uma assembleia na próxima segunda-feira, para definir a posição da categoria. As propostas do governo Temer são rechaçadas pela maioria da população. Pesquisa Vox Populi indica que 93% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência e 80% contra a terceirização.

Ruas ocupadas

Anteriormente à greve geral, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo sem Medo se organizam. Promovem, a partir deste fim de semana, assembleias na periferia da Grande São Paulo. O objetivo será o de organizar a participação da população para o próximo dia 28 de abril. Entre este sábado e a próxima terça-feira, a organização prevê a realização de 20 assembleias. Os encontros ocorrerão em diversos pontos da capital e cidades da região, como Embu, Guarulhos e Santo André.

Os preparativos se somam aos de diversas categorias, sobretudo nos setores de transportes. A adesão do segmento será estratégia para o sucesso das paralisações. Os movimentos reivindicam a retirada do projeto de reforma trabalhista (PL 6.787). Também, da proposta de emenda à Constituição (PEC) 287, que dificulta ou inviabiliza o acesso à aposentadoria. Ambos estão programados para ir a votação na Câmara dos Deputados na próxima semana e na semana seguinte, respectivamente.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo