Causador de uma febre hemorrágica altamente contagiosa e letal, o vírus é endêmico na RDC e já provocou mais de 10 epidemias no país.
Por Redação, com ANSA – de Goma
A Cruz Vermelha alertou nesta terça-feira que a guerra entre o grupo rebelde M23 e o Exército da República Democrática do Congo (RDC) em Goma, importante cidade no leste do segundo maior país da África, ameaça a segurança de um laboratório de pesquisa sobre o vírus Ebola.

– Estamos muito preocupados com a situação no laboratório do instituto nacional de pesquisa biomédica, que enfrenta o risco de cortes de energia, bem como com a questão da preservação das amostras, que pode ser afetada pelos combates – disse o diretor regional para a África do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Patrick Youssef, em declaração à imprensa em Genebra, na Suíça.
Segundo ele, um eventual escape de amostras do Ebola poderia provocar “consequências inimagináveis”.
Causador de uma febre hemorrágica altamente contagiosa e letal, o vírus é endêmico na RDC e já provocou mais de 10 epidemias no país.
Com mais de 1 milhão de habitantes, Goma é a capital do Kivu do Norte, região rica em recursos minerais, e é alvo de um assédio por parte do M23, milícia formada por desertores do Exército congolês, com o apoio das Forças Armadas de Ruanda.
Milicianos e soldados
Os milicianos e os soldados ruandeses entraram no centro da cidade no último domingo, enquanto as tropas da RDC tentam conter a ofensiva. Kinshasa acusa Ruanda de querer se apossar das riquezas minerais do Kivu do Norte, enquanto Kigali diz que se envolveu no conflito para proteger sua “segurança e integridade territorial”.
Os presidentes de Ruanda, Paul Kagame, e do Congo, Félix Tshisekedi, devem participar de uma reunião nesta quarta-feira mediada pelo Quênia.