Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2024

IBGE: Emprego fica estável e renda do trabalhador cresce

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Segunda, 17 de Outubro de 2005 às 09:42, por: CdB

O emprego na indústria se mantém estável nos últimos dois meses, conforme os dados da Pesquisa de Emprego e Salário na Indústria divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, o nível de emprego apresentou 0,1% de queda na comparação com o mês anterior. Na comparação julho/junho, o emprego no setor havia subido 0,1%.

Para o economista André Macedo, do IBGE, o movimento reflete a trajetória de estabilidade também registrada na produção industrial no mesmo período (queda de 1,9% na passagem de junho para julho e crescimento de 1,1% de julho para agosto).

- Esses resultados ainda não configuram um quadro de desaceleração no setor, já que os indicadores do trimestre e anual continuam registrando taxas positivas - explicou.

Apesar do recuo no nível de emprego na indústria de julho para agosto, a renda do trabalhador do setor cresceu 2,2% no mesmo período, depois de dois meses de queda. Segundo Macedo, "a recuperação do poder de compra do trabalhador da indústria é reflexo da manutenção de preços baixos, em função dos índices de inflação também estarem mais baixos neste ano do que no ano passado". Na comparação com agosto de 2004, a folha de pagamento da indústria cresceu 5,3%, com expansão nos 14 locais abrangidos pela pesquisa do IBGE.

O nível de emprego industrial cresceu 0,3%, se comparado a agosto do ano passado. Foi a décima oitava taxa positiva nesta base de comparação, mas a menor desde abril de 2004, quando a alta foi de 0,1%. Na mesma base de comparação, as atividades que mais contrataram foram alimentos e bebidas (8,1%) e meios de transportes (7,3%). Os locais que mais admitiram trabalhadores foram São Paulo (2,6%), Minas Gerais (3,4%) e região Norte e Centro-Oeste (3,8%).

O maior número de demissões foi registrado no Rio Grande do Sul (-8,5%) e na região Nordeste (1,9%), principalmente nos setores de calçados e artigos de couro (-16,1%) e madeira (-13,8%). O número de horas pagas ao trabalhador na indústria cresceu 0,3% em relação a julho e 0,5% em relação a agosto do ano passado.

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