Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2024

IBGE: empregos migram para o interior

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Quinta, 14 de Outubro de 2004 às 07:31, por: CdB

Dados do Cadastro Central de Empresa (Cempre) de 2002, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira, provam que as empresas e os empregos formais estão migrando para o interior do país. 

Os motivos são, entre outros, incentivos fiscais oferecidos pelos municípios, maior segurança pública e uma infra-estrutura básica adequada. As capitais têm perdido participação para os demais municípios não somente em relação às empresas, como também em relação aos empregos. De 1997 para 2002, a participação do total de empresas nas capitais brasileiras caiu de 32,4% para 30,6%. Em relação ao total de pessoas ocupadas, a participação das capitais passou de 41% em 1997 para 37% em 2002. 

No destaque às regiões, o Sudeste registrou perda de participação no total das empresas brasileiras, passando de 52,8% para 51,4% entre 1997 e 2002. Já as regiões Norte e Nordeste ganharam participação no período e registraram as maiores taxas de crescimento, de 56,2% e 50,3%, respectivamente. A participação do Sudeste no pessoal ocupado das empresas também caiu e passou de 58,4% em 1997 para 55,6% em 2002.

Falências

Em cada dez empresas abertas em 2002, seis fecharam, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE. No período, 720 mil novas empresas surgiram e 461 mil foram extintas.

Segundo o IBGE, o elevado índice de mortalidade de empresasestá relacionado à situação desfavorável do mercado de trabalho. Em 2002, as taxas de desemprego bateram sucessivos recordes e nenhuma vaga assalariada formal foi criada, segundo os dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). Com isso, aumentou o número de novas empresas com poucas pessoas trabalhando ou até sem nenhum empregado formal.

Prova disso é a participação majoritária das empresas com atéquatro pessoas ocupadas (seja sócio ou empregado) nas empresas que nasceram ou fecharam em 2002. Do total de empresas criadas naquele ano, 93,8% tinham até quatro pessoas ocupadas. No grupo das empresas extintas, o percentual chegou a 95,9%.

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