A primeira fase do cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro com o apoio dos Estados Unidos e a ajuda de mediadores egípcios e catarianos, terminará neste sábado e ainda não está claro o que acontecerá a seguir.
Por Redação, com EFE – do Cairo
A delegação de Israel propôs nesta sexta-feira, em uma reunião com os mediadores, Egito, Qatar e Estados Unidos, no Cairo, uma extensão da primeira fase da trégua na Faixa de Gaza por 42 dias para recuperar os 63 reféns que ainda estão no enclave palestino, segundo revelou à agência espanhola de notícias EFE uma fonte egípcia próxima às negociações.

A primeira fase do cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro com o apoio dos Estados Unidos e a ajuda de mediadores egípcios e catarianos, terminará neste sábado e ainda não está claro o que acontecerá a seguir.
Israel apresentou a proposta enquanto adia o acordo sobre o futuro da Faixa de Gaza, para o qual o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs expulsar a população palestina e criar uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”, como recriou ontem em um vídeo gerado por inteligência artificial, onde o território destruído foi transformado em um balneário cheio de arranha-céus, hotéis e mercados para turistas.
A fonte, que pediu para permanecer anônima devido à sensibilidade das negociações, afirmou que “não há um acordo específico sobre isso, mas poderia ser possível”.
“Não encerramos a opção de continuar o atual cessar-fogo”, comentou.
O oficial de segurança egípcio destacou que as delegações que representam Israel e o Hamas não participaram diretamente nas negociações para finalizar um acordo sobre a segunda fase do cessar-fogo e que ainda é preciso “superar as grandes lacunas entre os dois lados”.
“A segunda fase requer uma discussão profunda. Levará algum tempo”, disse a fonte sobre o processo, acrescentando que as negociações sobre a segunda fase, que poderia levar ao fim permanente da guerra, ainda não começaram.
Hamas
O oficial egípcio explicou que Israel busca estender a primeira fase sob a condição de que o Hamas liberte três reféns por semana em troca da libertação de prisioneiros palestinos mantidos por Israel, embora não tenha especificado quantos prisioneiros palestinos seriam libertados em troca.
“Nem o Hamas nem Israel abordaram o que poderia acontecer depois de sábado se a primeira fase do cessar-fogo terminar sem um acordo. As negociações entre os dois lados estão sendo conduzidas com a mediação do Egito e do Qatar e com o apoio dos Estados Unidos”, completou.
Na primeira fase, 33 reféns israelenses foram entregues em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. A segunda fase visa libertar os reféns restantes e conseguir a retirada completa das forças israelenses de Gaza.