Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2024

Janot prepara lista de investigados com foro especial na Corte Suprema

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Quinta, 02 de Março de 2017 às 11:39, por: CdB

Ao todo, cerca de 30 pedidos contra ministros, senadores e deputados já estariam prontos para ser apresentados por Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF)

 

Por Redação - de Brasília

 

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot tentará apresentar, no início da semana que vem, os primeiros pedidos de abertura de inquérito com base nas delações de executivos da Odebrecht. A lista tende a atingir, frontalmente, a carreira de políticos em pleno voo no Congresso e no atual governo. A expectativa é forte e tem sido alimentada desde dezembro do ano passado. Na ocasião, foram concluídos os acordos de delação com 78 executivos da construtora Norberto Odebrecht.

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Alckmin está citado em mais de um processo que investiga corrupção ocorrida durante seu governo, no Estado de São Paulo

Ao todo, cerca de 30 pedidos contra ministros, senadores e deputados já estariam prontos para ser apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles, ao menos um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) já estaria alinhavado.

De resto, três ministros do TCU foram citados nas investigações da Operação Lava Jato: Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro e Vital do Rêgo. Os nomes de Cedraz e Carreiro constam das investigações sobre possível tráfico de influência e venda de informações privilegiadas do advogado Tiago Cedraz, filho do ex-presidente do TCU, para o dono da UTC, Ricardo Pessoa, um dos primeiros empreiteiros a fazer acordo de delação.

Lista de Janot

Os procuradores também finalizam os pedidos de inquéritos a serem apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra governadores suspeitos de receberem propina para facilitar a concessão de contratos da Odebrecht. Até agora, não foram vazados os nomes dos suspeitos, no primeiro escalão da República. Sabe-se, no entanto, que os delatores citaram os nomes dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Os procuradores avaliam um extenso material sobre políticos que receberam algum tipo de vantagem da empreiteira. Principalmente, aqueles sem foro nos tribunais superiores. As informações serão destinadas a 120 procuradores ou promotores que participaram, no ano passado, de um esforço concentrado da PGR. Eles interrogaram os 78 delatores e cumpriram as metas e os acordos de delação foram fechados em tempo recorde.

Promotores e procuradores nos Estados dependem de decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. Cabe a ele enviar o material apurado. Mas, para deliberar sobre cada caso, Janot terá que destacar as acusações que pesam contra cada um dos suspeitos. Além disso, apontar os motivos legais que justificariam a transferência das investigações para a Justiça de primeira instância.

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