O Flamengo foi recebido com muita confusão no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, após a goleada por 6 a 1, contra o Atlético-MG. A delegação chegou no começo da noite deste domingo ao Rio de Janeiro e não faltaram palavrões, ofensas e até socos e pontapés.
Um grande número de torcedores foi ao aeroporto para protestar contra a derrota para o Atlético-MG, que deixou o time carioca mais próximo da zona do rebaixamento para a Série B.
Um dos mais cobrados foi o goleiro Júlio César, que, no caminho entre o saguão do aeroporto e o ônibus, chegou a trocar socos com alguns torcedores. Outros atletas, como o meia Zinho, também entraram na briga.
Ao contrário, o zagueiro Júnior Baiano tentou conversar com torcedores e chegou a abraçar um dos mais exaltados.
"Eu estava entrando no carro do Zinho, quando um torcedor chutou a porta. O pai do Zinho foi atrás dele e eu fui também, para o seu Crizam não ir sozinho. Quando eu voltei, ele (o torcedor) tentou me pegar pelas costas. Aí, o Zinho também veio me ajudar porque era o cara que tentou pegar o pai dele", tentou explicar o jogador à Sportv. "Foi o mesmo torcedor que tentou agredir o Dill dentro do aeroporto, jogou uma lata de cerveja nele", completou
A principal reclamação dos torcedores do Flamengo era quanto a declarações do goleiro flamenguista no intervalo da partida contra o Atlético-MG. O Flamengo havia perdido o zagueiro Júnio Baiano, expulso, e já estava perdendo por 2 a 0. Júlio César, então, disse que o time deveria se cuidar para perder de pouco.
O goleiro também reclamou da falta de proteção aos jogadores no momento do desembarque. Quando a confusão começou, apenas alguns seguranças do clube tentaram contornar o tumulto.
"A gente fica totalmente desprotegido. Quando a gente chegou, sabia que teria torcedores. Tem de chamar a PM para dar proteção para a gente", reclamou Júlio César, que cutucou os protestantes. "Muitos desses não são torcedores do Flamengo", criticou.
O presidente do clube, Márcio Braga, condenou o comportamento dos torcedores do Flamengo na chegada da equipe ao Rio de Janeiro.
"Eu não sei o que dizer. Lamento perder de seis na situação em que nós estamos. Acho que o que de deve fazer é continuar trabalhando", disse o dirigente ao Sportv. "Nossa gente do futebol tem de ter calma e continuar trabalhando", completou.