Velhos métodos
A Folha de S. Paulo informa que o governo Lula distribuiu pelo menos 27 rádios educativas a fundações ligadas a políticos. "Também foi generoso com as igrejas: destinou pelo menos uma emissora de TV e dez rádios educativas a fundações ligadas a organizações religiosas", diz o jornal. A lista de políticos agraciados inclui gente da base governista, como o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais João Caldas (PL-AL), Wladimir Costa (PMDB-PA) e Silas Câmara (PTB-AM), a oposicionistas em processo de cooptação, como o senador Leonel Pavan (PSDB-SC), além de deputados estaduais, ex-deputados, prefeitos e ex-prefeitos.
Velhas desculpas
O ministro das Comunicações, Hélio Costa e seus antecessores no governo Lula, os deputados federais Miro Teixeira (PDT-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), garantem que não houve critérios políticos para a distribuição de canais de rádio e televisão educativas. Então, deve ter sido coincidência que tenham sido entregues a políticos.
Sinceridade
A médica cubana Aleida Guevara, filha do lendário Ernesto Che Guevara, em visita ao Brasil, não teve papas na língua. Criticou o governo Lula, indo além do que diz oficialmente o governo cubano. "Há governos que prometeram muitas coisas, como o do Brasil, e não estão cumprindo", disse Aleida.
Pensamento único
"É preciso desmistificar a idéia de que existem políticas econômicas alternativas", diz o editorial do Globo desta segunda-feira, elogiando o governo Lula. De fato, para as elites o melhor dos mundos é fazer com que se acredite nisso. As possibilidades de mudança, então, seriam apenas cosméticas, valeriam apenas para o supérfluo. O essencial - a continuidade da política econômica tucano-petista - estaria assegurada. Por isso, nada melhor para os donos do poder do que uma polarização entre Lula e Alckmin: em termos de política econômica, seria o seis contra o meia dúzia.
De mal a pior
Depois de