No cenário sem Sérgio Moro, o petista aparece com vantagem ligeiramente maior e poderia, no limite da margem de erro, vencer já no primeiro turno. Excluindo o ex-juiz da lista de opções, Lula continua com os mesmos 44%, mas a soma de seus oponentes passa a 40%.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança folgada de 20 pontos percentuais sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira. O líder petista aparece com 44% das intenções de voto, ante 24% do atual mandatário – resultado idêntico ao demonstrado no levantamento de dezembro.
Desconsiderada a margem de erro, que é de 3,2% para mais ou para menos, o ex-presidente tem a soma exata de todos os seus adversários na pesquisa estimulada. São eles: Sérgio Moro (9%), Ciro Gomes (7%), João Doria (2%), Simone Tebet (1%), Rodrigo Pacheco (1%) e Luiz Felipe d’Ávila (1%), além de Bolsonaro.
Incrédulo quanto ao tamanho da perda de prestígio junto aos eleitores, nos últimos meses, Bolsonaro passou a acusar todos os institutos de pesquisa do país.
— Você ainda acredita em pesquisa? Pelo amor de Deus — disse Bolsonaro, em recente entrevista a jornalistas.
Em seguida, perguntado se as pesquisas estão erradas, respondeu:
— Erradas não, estão compradas.
No cenário sem Sérgio Moro, o petista aparece com vantagem ligeiramente maior e poderia, no limite da margem de erro, vencer já no primeiro turno. Excluindo o ex-juiz da lista de opções, Lula continua com os mesmos 44%, mas a soma de seus oponentes passa a 40%. Nesse recorte, Bolsonaro ganharia um ponto porcentual, subindo a 25%.
Economia
Pela primeira vez, é maior o número de eleitores que anunciam o voto em Lula com certeza (44%) do que aqueles que dizem que com certeza não votariam nele (43%). O ex-presidente também ampliou para 25 pontos a sua vantagem sobre Bolsonaro em um possível segundo turno, aparecendo com 56% das intenções de voto, contra 31% do chefe do Planalto.
A avaliação do governo Bolsonaro se manteve a mesma da observada em dezembro de 2021: 54% consideram a gestão do presidente ruim ou péssima, enquanto 24% a avaliam como boa ou ótima.
Caiu de 69% para 66% o porcentual de eleitores que consideram que a Economia está no caminho errado. Os que responderam que a política econômica está no caminho certo eram 23% em dezembro e passaram a 26% agora. Contratado pela XP Investimentos, o instituto fez mil entrevistas de abrangência nacional nos dias 10, 11 e 12 de janeiro.