Líder em todos os cenários de intenção de voto, Lula prepara uma via alternativa ao beco sem saída em que o país se encontra, após a ruptura da Democracia
Por Redação - de São Paulo
Diante do cenário de terra arrasada na economia brasileira, na crise que se ampliou após a cassação da presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou seus principais assessores para dar início a um plano econômico de emergência para 2018. Lula tem chances reais de voltar à Presidência da República, segundo todas as pesquisas de opinião divulgadas no último mês.
Líder em todos os cenários de intenção de voto, Lula prepara uma via alternativa ao beco sem saída em que o país se encontra, após a ruptura da Democracia. O petista pretende, agora, subir o tom da oposição contra as políticas do presidente de facto, Michel Temer. Em seus planos, está o lançamento do "programa nacional de emergência”, para o país sair da crise.
O ponto central da plataforma para 2018, caso haja eleições e o PT volte ao poder, será redução do desemprego. O Brasil amarga cerca de 13 milhões de desempregados. Segundo Lula, o quadro não será revertido sem crédito para a produção e o aumento no consumo das famílias.
Entre as propostas que Lula defende para debelar a crise está a criação de um Fundo de Desenvolvimento e Emprego. Pretende, ainda, reajustar em 20% o Bolsa Família e conceder aumento real do salário mínimo. Propõe, ainda, a correção da tabela do Imposto de Renda, com teto de isenção superior ao atual.
Lula e o PT não defendem mais a volta da presidenta Dilma. Mas a realização de eleições diretas, no prazo constitucional. Entre os colaboradores do plano econômico estão os economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento na gestão passada.