O governo tem a expectativa de que o Ibama conceda a autorização para exploração ainda no primeiro semestre deste ano.
Por Redação, com ABr – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira, ser favorável à exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas, na margem equatorial do país, e disse que isso pode ser feito sem prejuízos ao meio ambiente.

— Queremos o petróleo, porque ele ainda via existir muito tempo. Temos que utilizar o petróleo para fazer a nossa transição energética, que vai precisar de muito dinheiro. A gente tem perto de nós a Guiana e o Suriname pesquisando o petróleo muito próximo a nossa margem equatorial — afirmou Lula, durante entrevista a rádios de Minas Gerais.
Argumentos
O governo tem a expectativa de que o Ibama conceda a autorização para exploração ainda no primeiro semestre deste ano.
— Precisamos fazer um acordo e encontrar uma solução em que a gente dê garantia ao país, ao mundo e ao povo da margem equatorial que a gente não vai detonar nenhuma árvore, nada do Rio Amazonas, nada do oceano atlântico — acrescentou.
Um dos argumentos do Palácio do Planalto para acelerar essa liberação é a proximidade da COP30, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas que acontece em novembro em Belém.
Novo plano
O governo gostaria de evitar que a conferência, em que o país tenta se posicionar como um líder na luta contra as mudanças climáticas, seja contaminada pela imagem de uma nação que continua a ampliar a exploração de combustíveis fósseis.
A autorização para explorar petróleo na Foz do Amazonas é vista como etapa crucial pela Petrobras para ampliar suas reservas. O plano é defendido pessoalmente pelo presidente Lula, que manteve no cargo o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, responsável por acelerar o processo.
Ainda na entrevista desta manhã, Lula disse que há uma tentativa de jogar sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a responsabilidade pela demora na aprovação do plano de exploração.
— A Marina não é a responsável. Não é a companheira Marina. Vamos ter que encontrar uma solução para que a gente explore essa riqueza, se é que ela existe, em benefício do povo brasileiro — concluiu.