Trump prometeu erguer barreiras tarifárias contra uma série de países ao redor do mundo, entre eles o Brasil — que o novo dirigente de extrema direita classificou, antes de assumir o cargo, como uma nação que “cobrava muito” e prometeu tratamento recíproco.
Por Redação, com agências internacionais – de Washington
Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump foi direto ao afirmar que seu país “não precisa” do Brasil ou de qualquer país da América Latina.
— Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles. Na verdade, não precisamos deles, e o mundo todo precisa de nós — disse Trump durante cerimônia em que assinou decretos em seu primeiro dia do novo mandato.

O republicano deu a declaração ao responder pergunta da correspondente do canal de TV por assinatura Globonews Raquel Krähenbühl, que acompanhava a cerimônia de dentro do Salão Oval da Casa Branca. A jornalista perguntou se Trump pretendia responder à proposta de paz para a Guerra da Ucrânia elaborada pela China e pelo Brasil, ao que Trump afirmou desconhecer a iniciativa.
— Acho ótimo, estou pronto para discutir (propostas de paz). O Brasil está envolvido nisso? Não sabia. Você é brasileira? — indagou Trump à repórter.
Recíproco
Em seguida, a repórter i questiona sobre a relação com o Brasil e a América Latina.
— É ótima. Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles — desdenhou.
Em seguida, Trump prometeu erguer barreiras tarifárias contra uma série de países ao redor do mundo, entre eles o Brasil — que o novo dirigente de extrema direita classificou, antes de assumir o cargo, como uma nação que “cobrava muito” e prometeu tratamento recíproco.
Ainda na noite passada, Trump voltou a afirmar que vai impor tarifas a produtos importados do México e do Canadá, agora com prazo e dimensão: seriam 25% a partir de fevereiro. Ele também ameaçou a Europa e a China, mas não estipulou prazos para adotar medidas protecionistas contra os dois.
Documentos
Também na véspera, o novo presidente norte-americano assinou uma série de decretos controversos que endurecem a fiscalização de migrantes, estimulam a exploração de combustíveis fósseis e determinam o fim de ações relacionadas à diversidade. Muitos deles revertem medidas implementadas pelo antecessor, Joe Biden.
As primeiras ordens foram assinadas diante de milhares de apoiadores no ginásio Capital One Arena, em Washington. No local, o presidente determinou a retirada da nação do Acordo de Paris e a revogação de 78 ações executivas implementadas por Biden. Depois, o republicano partiu para a Casa Branca, onde assinou a maior parte dos documentos.