Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2025

Nicolás Maduro anuncia renovação de seu gabinete

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira a renovação de seu gabinete, nomeando 11 ministros e um novo vice-presidente

Quinta, 05 de Janeiro de 2017 às 08:58, por: CdB

Presidente venezuelano nomeia 11 ministros e aponta um novo vice-presidente executivo, além fundir ministérios da área econômica no "superministério" da Economia e Finanças

Por Redação, com agência internacionais - de Caracas/Bogotá:

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira a renovação de seu gabinete, nomeando 11 ministros e um novo vice-presidente. Tareck El Aissami, governador do Estado de Aragua, substituirá Aristóbulo Istúriz como vice-presidente executivo do país, potencial sucessor de Maduro.

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Reforma ministerial visa "combinar a experiência com o compromisso", disse Maduro

– Designei Tareck El Aisammi como vice-presidente executivo da República Bolivariana da Venezuela, para que assuma em 2017-2018 – disse o presidente em pronunciamento transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão.

Entre suas novas atribuições. Aisammi fica encarregado da segurança nacional e da luta contra os "terroristas de direita", como afirmou o presidente. Seu antecessor Istúriz foi transferido para o comando do Ministério das Comunas e Trabalho Social. Sendo também vice-presidente da pasta Socialismo Territorial.

Entre as mudanças no gabinete, Maduro nomeou para o Ministério do Petróleo Nelson Martínez. Atual presidente da petrolífera Citgo, mpresa venezuelana nos EUA, filial da estatal petrolífera PDVSA. E fundiu os ministérios da área econômica numa só instituição, o "poderoso" Ministério da Economia e Finanças, que ficará sob o comando do parlamentar chavista Ramón Lobo.

Renovação do gabinete

– Necessitamos de uma renovação do gabinete executivo e chamar às fileiras do governo um conjunto de companheiros, de forma que se combine a experiência com o compromisso – disse Maduro. 

Os 11 ministros têm como objetivos principais libertar o país da criminalidade. Recuperar a economia, consolidar os programas sociais do governo e garantir a paz. "Não me importa o cargo que tenham. Vamos com tudo contra os criminosos, os corruptos e os extremistas", disse o presidente.

Colômbia

O governo da Colômbia pediu na quarta-feira a uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU). Incumbida de supervisionar a desmobilização de rebeldes das Farc que mantenha neutralidade. Após a divulgação de um vídeo que mostrou funcionários da ONU dançando com rebeldes durante a celebração do Ano Novo.

Rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão começando o processo de desmobilização que vai encerrar mais de cinco décadas de guerra. Após a assinatura de um acordo de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos.

A missão da ONU confiscará todas as armas das Farc e administrará mais de duas dúzias de campos de desmobilização. 

Em uma carta pública, Maria Emma Mejia, embaixadora da Colômbia na ONU, disse que a conduta mostrada no vídeo, que foi divulgado nesta semana pela imprensa nacional e internacional. Foi fonte de “grande preocupação e surpresa”.

– Esse tipo de comportamento distorce o profissionalismo e a neutralidade que deveriam caracterizar, a todo momento, a equipe que é parte do mecanismo tripartite para monitorar e verificar o cessar-fogo e o definitivo abandono das armas – disse a carta.

A ONU deve assegurar que o incidente não se repita, acrescenta a carta, a fim de não colocar em risco a confiança pública na organização multinacional. 

A ONU disse que as ações dos funcionários mostradas no vídeo. Que resultaram em críticas ao acordo de paz nas redes sociais por parte de oponentes de direita. Foram inapropriadas e que vai adotar medidas para evitar que seu profissionalismo seja questionado. 

As Farc disseram que a reação ao vídeo é exagerada.“Vamos deixar para trás o ódio. Entrar em paz e reconciliação”. Disse o líder das Farc, Rodrigo Londoño, mais conhecido como Timochenko, pelo Twitter na quarta-feira.

A ONU tem atualmente 280 observadores trabalhando como parte da missão de desmobilização. 

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